Mas a posição de Aécio Neves não enterra o assunto no Congresso. Isso porque o projeto de decreto legislativo poderá ser aprovado em janeiro, depois que o presidente da Câmara deixar o cargo para assumir o governo de Minas Gerais. Os defensores do aumento de seus próprios salários apostam que haverá convocação extraordinária do Congresso em dezembro e em janeiro, uma boa oportunidade para votar o reajuste.
Pela Constituição e as normas regimentais da Câmara, o projeto de decreto legislativo fixando o valor dos salários dos parlamentares tem de ser aprovado pelos deputados e senadores até 31 de janeiro – quando se encerram oficialmente os atuais mandatos. A proposta poderá manter os atuais R$ 8,2 mil recebidos pelos congressistas ou reajustar os salários para R$ 12,7 mil, como defende o primeiro-secretário da Câmara, Severino Cavalcanti (PPB-PE). Falta ainda elaborar o projeto fixando o aumento de 50% nos salários dos congressistas.
Mas Cavalcanti avisou que não vai desistir da luta para garantir esse aumento. O deputado garante que não está sozinho nesse movimento, porque todos os dias vários colegas vão a seu gabinete pedindo providências em relação ao assunto. Disse ainda que vai manter nesta semana contatos com líderes dos partidos da Câmara e Senado na tentativa de elaborar o texto da proposta.
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