Política Titulo No ritmo do Brasil
Donisete Braga cola em Dilma e prega governo inovador

Pré-candidato a prefeito pede que adversária continue enviando emendas para Mauá

Por Mark Ribeiro
do Diário do Grande ABC
29/06/2012 | 07:00
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Pré-candidato a prefeito de Mauá, o deputado estadual Donisete Braga (PT) pega carona no sucesso do governo Dilma Rousseff (PT), no Palácio do Planalto, para impulsionar sua corrida à Prefeitura. Pregando gestão inovadora, o petista tem como metas regionalizar o Hospital de Clínicas Radamés Nardini (que passaria a ser gerenciado pelo Estado) e liderar movimento (como O Petróleo é Nosso) para que os impostos da Recap (Refinaria de Capuava) fiquem em Mauá. Donisete faz pedido peculiar a Vanessa Damo, sua colega no Parlamento paulista e principal adversária na eleição de outubro. Contando com a vitória, afirma: "Quero que ela continue na Assembleia e mande emendas."

 

DIÁRIO - Por que o senhor quer ser prefeito de Mauá?

DONISETE BRAGA - Temos valores para agregar ao crescimento e fazer com que Mauá deixe de ter uma das rendas per capita mais pobres do Estado. Podemos dar condições para crianças e jovens. Estou em sintonia com o governo Dilma, que diz que País rico é País sem miséria. Uma cidade rica também é sem miséria, e crescendo com o Brasil.

 

DIÁRIO - Defenderá o governo Oswaldo Dias?

DONISETE - Sim. O Oswaldo tem participado de todos os nossos eventos. A Vanessa terá de defender o legado do pai (Leonel Damo). Eu vou defender o legado do governo Oswaldo Dias, que não teve superfaturamento. A população poderá comparar. Foi o Oswaldo quem fez o projeto executivo da saída do Rodoanel para Mauá. A cidade perdeu a autoestima no governo Damo. Ele queria instalar arena de rodeio onde foi construído o shopping. Nada contra os cavalos, mas prefiro ter a geração de emprego, o aumento da receita, do que o lazer dele, que não pode se sobrepor aos interesses do município.

 

DIÁRIO - Os ônus dos governos Leonel Damo serão transferidos à Vanessa?

DONISETE - Certamente. É a Vanessa, o Leonel e o José Carlos Grecco. Não tem renovação. O Leonel indicou a Vanessa para prefeita e o Grecco indicou o Alberto Pierro para vice, que foi o secretário de Saúde dele.

 

DIÁRIO - A que atribui a fuga de aliados do governo iniciada após o senhor se tornar candidato a prefeito?

DONISETE - Se perdemos, foi o PRB, que esteve conosco em 2008. O PDT já estava caminhando com a Vanessa antes de eu ser candidato. E o PP é controlado pelo primo dela (Antonio Carlos de Lima), está sendo coerente.

 

DIÁRIO - A Vanessa acusa petistas de machismo por não aceitarem a mulher no poder.

DONISETE - A Vanessa é incoerente porque eu apoiei a Dilma e ela apoiou o Serra, sendo que o vice da Dilma (Michel Temer) é do partido dela. Nosso partido já definiu cota de 50% para mulheres. Tivemos plenária do plano de governo só com mulheres. No meu gabinete, 80% dos funcionários são mulheres. Então, é um tema secundário, para quem não tem proposta.

 

DIÁRIO - Qual é a relação de vocês na Assembleia?

DONISETE - De muito respeito. E, sem subestimar a capacidade dela, quero que continue na Assembleia e mande emendas para Mauá.

 

SÁUDE

Seria importante sensibilizar o Estado sobre regionalizar o Hospital Nardini. Tenho compromisso do ministro Alexandre Padilha que, instalando a UFABC, teremos uma faculdade de medicina e, consequentemente, médicos residentes para atuar no Nardini. O cidadão brasileiro já nasce ouvindo falar mal da Saúde. Tem muitas pessoas que não utilizam o setor público, mas escutam falar que a Saúde está mal e reproduzem. Temos de capacitar profissionais, estabelecer política de humanização. Temos de perseguir a melhora de forma incansável.

 

SEGURANÇA

Vamos monitorar as portas das escolas, que é por onde a droga chega ao jovem. Mais vale aumentar o gasto e fazer a segurança dos alunos e de quem fica nos arredores do que sempre divulgar a violência.

 

EDUCAÇÃO

Precisamos qualificar nossos educadores, com avaliação bimestral. Quero um ouvidor da Educação. E trabalhar para garantir uniforme na rede municipal. O custo seria de R$ 8 milhões, com um par de tênis, duas calças, duas bermudas, três camisetas e dois blusões. Conversei com o Oswaldo e ele disse: ‘Abro mais vagas na rede ou compro uniforme?'. Eu quero as duas coisas.

 

DIÁRIO - Precisará aumentar a arrecadação. Como?

DONISETE - Vamos escriturar a dívida (de R$ 1,5 bilhão). Isso não significa dar calote. Queremos entender a cronologia de pagamentos. E garantir que os recursos que pertencem a Mauá pela Refinaria de Capuava fiquem na cidade. São R$ 120 milhões por ano que Mauá está perdendo com a distribuição do diesel e da gasolina para São Caetano e Barueri. Vou fazer movimento intitulado nas décadas passadas de O Petróleo é Nosso. É questão de honra. Quando falo em ampliar vagas nas creches, em dar uniforme, trabalho em sintonia com isso. Temos de usar a criatividade, buscar alternativa, inovar e modernizar.




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