A procura por uma nova casa virou caso de estelionato para a chefe administrativa Gizelda Raitz, 48 anos, de Santo André.

Desde fevereiro, ela tenta reaver R$ 1.200, que o então gerente de vendas da Imobiliária Carisma cobrou para acertar a documentação de um imóvel. A intenção era comprar uma casa térrea. “Na época, queria trocar o sobrado por causa do meu pai, que tinha 82 anos e não conseguia subir escadas. Ele morreu e não deu tempo de fazer nada disso.”

Segundo ela, o gerente de vendas Emile Akari, o Luck, cobrou R$ 1.200 em nome da imobiliária e sumiu. O proprietário da Carisma, Isaias Belarmino da Silva, afirma que Luck não tinha autorização de receber dinheiro. “Ele está sumido desde março e o dinheiro nem passou pela empresa, não tem a ver com a imobiliária.”

A técnica de defesa do consumidor do Procon Renata Reis explica que, se o recibo estiver em nome da empresa, ela é responsável e tem obrigação de devolver o dinheiro. “Se a empresa comprovar que foi vítima, pode entrar com ação de regresso e cobrar do responsável o que teve de pagar ao cliente.”