Mais espaço no governo, aprovação de projetos dos parlamentares, decisão de um discurso único. Nada disso foi pauta da reunião entre os vereadores da bancada de sustentação do prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), nesta semana. Após horas de debates calorosos e de opiniões divergentes, os 15 parlamentares chegaram a uma plataforma de reivindicação para o chefe do Executivo. Nos próximos dias, o prefeito receberá os rebeldes para ouvir o espetacular pedido: eles querem a chave do elevador privativo de Aidan no Paço. Os vereadores cansaram de esperar um dos seis elevadores do prédio, junto com qualquer mortal que procura a administração.

Na cidade, a regalia também é estendida a secretários da administração. Agora, vamos parar para pensar: para que os vereadores querem ter acesso ao 1º andar, no gabinete do chefe do Executivo, por uma entrada estratégica? Você entendeu? Nem eu. A dúvida é se o prefeito vai dar a chave sagrada aos integrantes do Legislativo.

Bastidores

Pé do ouvido

Descontraído, o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, resolveu brincar com o deputado estadual Orlando Morando (PSDB), durante lançamento do ônibus movido a hidrogênio, na quarta-feira, em São Bernardo. Enquanto discursava, o integrante do primeiro escalão da administração José Serra (PSDB) tentou dar um puxão de orelha no parlamentar tucano, que conversava durante a fala do secretário. O que Portella não se deu conta é que Morando estava passando informações ao chefe do Executivo estadual, que estava ao seu lado. Sem jeito, Portella apenas sorriu e deixou para lá a bronca.

A pé

Não é só Diadema que vem sofrendo com falta de combustível nos carros da administração por conta de dificuldades financeiras. Ontem, os carros que transportam pessoas portadoras de necessidades especiais, para tratamento de saúde, em Mauá, não circularam e deixaram as famílias a pé. Isso não seria uma prioridade, senhor prefeito Oswaldo Dias, já que a população, que paga os impostos, teria direito a esta retribuição?

A volta dos que não foram

Uma reunião, na quinta-feira à noite, foi programada para selar a saída do PSB do ex-prefeiturável de Mauá Francisco Carneiro, o Chiquinho do Zaíra, de malas prontas para o PSL. O presidente municipal do partido, Carlos Thomaz, chegou a fazer um discurso emocionado e dizer que as portas do partido estavam abertas para o político. Mas Chiquinho deixou todo mundo falar e, no final, deu a notícia surpreendente: que ficaria ainda no partido, sem previsão de saída. Sem graça, o povo saiu da reunião sem entender nada.