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O que vale + na carreira?
Bruna Gonçalves
Do Diário do Grande ABC
22/11/2009 | 07:18
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Marina Brandão/DGABC


Escolher a profissão. Uma decisão que atormenta a vida de muitos que estão entrando no Ensino Médio, mas que pode ser supertranquila para outros. A dúvida é o que levar em conta ao decidir a área em que vai atuar: o que curte fazer ou a que paga melhor?

"É preciso ter consciência de que a escolha da profissão é algo muito importante. Só sobrevive na área quem gosta mesmo daquilo que faz", explica Ivette Piha Lehman, coordenadora do Laboratório de Orientação Profissional da USP.

Nessa hora todo mundo dá palpite no que fazer. Os familiares querem que siga o mesmo que eles, mas isso não significa estabilidade garantida. "Os tempos mudam. Uma boa profissão hoje pode não ser a melhor amanhã", adverte Ivette. Mas há que se concordar: algumas carreiras como Medicina, Engenharia e Direito, são mais estáveis e, por consequência, bem procuradas.

Grana - Outro fator que pesa na decisão é o salário. Entre as áreas mais bem pagas, está a de juiz e desembargador. Esses profissionais podem ganhar, em média, R$ 14 mil.

Os especialistas aconselham a não se prender à grana, porque o mercado não é estável. "As profissões bem pagas hoje podem não ser as de amanhã", diz Silvio Duarte Bock, pedagogo e orientador do Nace Orientação Vocacional.

Independentemente do dindin, o que faz um profissional ser bom é se diferenciar dos demais, por isso, tem sempre de se especializar e reciclar.

Futuro - Se você não está certo do que fazer ou tem tempo para pensar, fique ligado na dica de Daniel Estima de Carvalho, pesquisador do ProFuturo da FIA (Fundação Instituto de Administração): "É importante se informar sobre quais áreas dão mais perspectiva de crescimento para os próximos anos."

Uma pesquisa feita pela FIA aponta que novas carreiras devem surgir nos próximos anos, entre elas, a de gerente ecorelação (responsável por desenvolver programas ecológicos com consumidores e agências governamentais).

Áreas que já existem prometem bombar como as ligadas à questão ambiental, Tecnologia da Informação, Saúde, Turismo e Geração de Energia. "Todas essas têm grande espaço para crescer no Brasil e ser valorizadas no futuro pelo desenvolvimento e preocupação que o mundo tem nessas áreas", explica Marcelo Neri, pesquisador do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas. (Confira na tabela abaixo as cinco mais de cada categoria).

Hora de decidir
O que curte fazer e paga bem. É isso que Aline Faiola, 17 anos, de São Caetano, levou em consideração ao decidir pela medicina. "Tenho facilidade para as áreas biológicas, mas também levei em conta a remuneração", diz a garota, que não se imagina fazendo outra coisa e, por isso, desde o ano passado já intensificou os estudos.

"Não é uma profissão fácil, precisa estar decidido. Por isso, já prestei vestibular como treineiro, fiz cursinho com o colégio. Tudo para me preparar para este ano", fala Aline, que vai prestar vestibular em três faculdades e entre os concursos, a Fuvest. Ela vai disputar uma vaga para 41 candidatos.

Mas nem todos estão tão decididos como Aline. Thirsirrê Pavan, 16, de São Caetano, está em dúvida entre Engenharia, Arquitetura e Medicina Veterinária. "Curto a área de Exatas, gosto de desenhar e tenho muito amor aos bichos", explica a menina que já fez teste vocacional. "A pontuação deu mais para a área de Exatas."

Para Thirsirrê é preciso encontrar algo que dê prazer e que proporcione estabilidade. "É uma escolha para a vida toda."




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