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Reciclagem cresce e gera empregos
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
03/06/2007 | 07:04
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A crescente preocupação com o meio-ambiente tem impulsionado o mercado da reciclagem e criado oportunidades de trabalho e renda na região. Diversas empresas dedicadas ao reaproveitamento dos resíduos recicláveis têm se fortalecido, em parceria com cooperativas de trabalho que fazem a separação desses insumos.

Um exemplo é a companhia Ecoplásticos, que vai abrir em fevereiro uma unidade fabril em Mauá, na qual deverá investir R$ 2,5 milhões em equipamentos e instalações. A fábrica, que terá capacidade para transformar 600 toneladas mensais de plástico, deverá gerar 80 empregos diretos e outros 300 indiretos, em cooperativas de recicladores.

Fundada há apenas três anos em Salvador (BA), a companhia adquire o scrap (resíduo resultante da produção da resina plástica polipropileno) da Suzano Petroquímica, no Grande ABC, e agrega esse item ao plástico reciclável para a fabricação de tampas, baldes, sacolas e outros itens.

A Ecoplásticos cresceu em faturamento 21% no ano passado (vendas mensais de R$ 480 mil) e prevê uma expansão de 17% em 2007. Para o diretor, Luiz Augusto Moraes, o potencial é grande. “Apenas 15% a 16% do material plástico é recuperado no Brasil e há muita gente no mercado, mas com pouca qualidade”, diz.

Outra empresa instalada em Mauá, a Repet, também vem em ascensão. Fundada em 1997, a Repet compra cerca de 1,5 mil toneladas de garrafas por mês e a meta é ampliar em 15% esse volume neste ano.

Com atuação no mercado de garrafas PET, a companhia recebe garrafas em fardo, seleciona por cor, faz tratamento e moagem, e destina o flake (grãos do plástico) para a Unafibras, pertencente ao mesmo grupo. Esta última, por sua vez, produz fibras têxteis, com aplicação na área automotiva, móveis, calçados e enchimento (de edredons, bichos de pelúcia, jaquetas etc).

Anualmente, a empresa investe R$ 1 milhão para modernizar os processos. Segundo Gonçalves, apesar da planta ser otimizada, tem sido possível ampliar os postos de trabalho. Em Mauá, a empresa possui quadro com 96 funcionários e a Unafibras, outros 260.

Dados do setor apontam que atualmente 47% do PET no País é reciclado. “Ainda há espaço para crescer, apesar de faltarem programas de incentivo”, afirma o diretor, Zario Gonçalves, que ressalta o apelo ecológico da atividade. “Tiramos dos bueiros e liberamos espaço nos aterros”, acrescenta.




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