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Doria apresenta plano para retomar economia

Governo estima investimentos de R$ 36 bilhões em 4 anos e criação de 2 milhões de empregos

Por Nilton Valentim
Do Diário do Grande ABC
17/10/2020 | 09:02
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Divulgação


O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou ontem o Plano Retomada 2021/22, um programa para impulsionar a economia no pós-pandemia do novo coronavírus. A meta é obter R$ 36 bilhões de investimentos em quatro anos, além de gerar 2 milhões de empregos.

O plano se baseia em concessões e PPPs (Parcerias Público-Privadas), com 19 projetos envolvendo ferrovias, Metrô, rodovias, aeroportos e hidrovias em 14 polos econômicos no Estado. “É o mais audacioso plano de desenvolvimento econômico já realizado em São Paulo”, afirmou Doria. “Serão beneficiados 14 polos de desenvolvimento econômico, entre eles tecnologia, comércio, serviços, saúde, indústria, infraestrutura, turismo e agricultura”, complementou o tucano.

O secretário estadual da Fazenda e Planejamento de São Paulo, Henrique Meirelles (MDB), afirmou que mais da metade dos R$ 36 bilhões em investimentos de infraestrutura previstos pelo Plano Retomada 2021/22 será no setor de transportes.

Segundo Meirelles, 51% dos recursos serão em transportes, 33% em rodovias, 8% em segurança, 3% em lazer, 4% em educação e 1% em parques. Entre os projetos, está o trem intermunicipal entre São Paulo e Campinas, com investimento previsto de US$ 1,4 bilhão e previsão de 565 mil passageiros por dia.

A concessão das linhas 8-Diamante (Júlio Prestes-Amador Bueno) e 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú) da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) também está inclusa no portfólio com investimento de US$ 500 milhões. O projeto inclui também a concessão de rodovias do Litoral paulista por US$ 600 milhões e a desestatização de 22 aeroportos regionais por US$ 80 milhões.

Os 2 milhões de empregos projetados representam 60,7% dos 3,3 milhões de desempregados do Estado de São Paulo. Antes da pandemia eram 2,5 milhões de pessoas sem trabalho e, com a chegada do coronavírus, 800 mil trabalhadores foram dispensados, segundo os números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Durante a apresentação do plano, Meirelles afirmou que o PIB (Produto Interno Bruto) do Estado deve cair entre 2% e 2,5% neste ano por causa da pandemia da Covid-19. Segundo Meirelles, o crescimento esperado para 2021 é superior a 5%.

“É um desempenho substancialmente melhor não só do que o desempenho médio do País, mas também se comparado com outros países”, afirmou. Em comparação, o secretário lembrou as projeções do Relatório de Mercado Focus, elaborado pelo Banco Central. O documento mais recente aponta queda de 5% no PIB brasileiro em 2020 e alta de 3,5% em 2021. 




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