Diversas entidades ligadas ao movimento negro de Santo André promoveram nesta quinta, no Centro, atividades de conscientização em razão do dia 13 de maio, considerado pelo movimento o Dia Nacional da Denúncia Contra o Preconceito e a Discriminação Racial. Segundo os organizadores, o evento foi só o início da discussão para tornar o 20 de novembro, o Dia Nacional da Consciência Negra, em feriado e de reivindicação para que se ampliem os programas de inclusão racial no país.

Um dos organizadores do evento e membro da executiva do Instituto Afro-Brasileiro, José Gomes Pereira, disse que essa é uma maneira de chamar a atenção do próprio negro. “É necessário engrossar o movimento, para que cada vez mais negros saibam que existem leis que os protegem e que tenham conhecimento de que racismo é crime”, disse.

A advogada Vânia Machado, presidente da Caad (Comissão dos Advogados Afro-descendentes de Santo André), disse que muitas pessoas, quando são vítimas de racismo, desconhecem que este é um crime inafiançável e imprescritível, e por isso deixam de procurar ajuda. “Com a orientação correta, é possível condenar o acusado do crime e, em Santo André, prestamos assistência gratuita.” A Caad tem uma equipe ligada à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) que trata exclusivamente de crimes raciais. O atendimento é feito na Casa do Advogado.

Sabores – Durante todo o dia a legítima baiana Terezinha Luiza da Conceição preparou acarajé, comida típida da cultura afro-brasileira, no calçadão da Oliveira Lima. A população também assistiu a shows de música, capoeira e demonstração da cabeleireira Vera Lúcia Rosa, que ensina os melhores tratamentos de cabelo negro.