D+ Titulo Estatística
Pesquisa coloca 23% dos jovens brasileiros como 'Nem-Nem'

Classificação é para aqueles que nem trabalham, nem estudam

Da Redação
16/12/2018 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Dois em cada dez jovens brasileiros são classificados como nem-nem, ou seja, nem trabalham nem estudam. O cenário é realidade de 23% desses brasileiros, sendo que a maioria é formada por adolescentes de baixa renda. A constatação é de pesquisa divulgada no início do mês pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) com base na realidade de mais de 15 mil jovens latino-americanos com idade entre 15 e 24 anos de nove países diferentes: Brasil, Chile, Colômbia, El Salvador, Haiti, México, Paraguai, Peru e Uruguai.

O número corresponde a um dos maiores percentuais de jovens nessa situação entre as nações da América Latina e do Caribe. Entre os brasileiros entrevistados, 49% se dedicam exclusivamente a estudo ou capacitação profissional, 13% apenas trabalham no dia a dia e 15% dividem o tempo entre compromissos estudantis e serviço remunerado.

Os motivos que resultam na realidade dos integrantes do grupo dos nem-nem abordam diferentes complicações. Segundo o estudo, é possível levar em conta a importância de, por exemplo, problemas com habilidades cognitivas e socioemocionais, falta de políticas públicas e obrigações familiares com parentes e filhos (por isso o percentual de mulheres maior do que o de homens). A estatística brasileira em relação aos outros países participantes da pesquisa é abaixo do que os resultados tidos no México, com 25% de jovens que não estudam nem trabalham, e El Salvador, com 24%. No outro extremo está o Chile, com apenas 14% de jovens desocupados.

Apesar de passar uma ideia de adolescentes ociosos e improdutivos, o levantamento mostra que 31% desse público está em busca de emprego e mais da metade (64%) se dedica a trabalhos de cuidados doméstico e familiares. 




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