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S.Bernardo ganha parque em meio à Mata Atlântica com acessibilidade

Equipamento, no km 34,5 da Imigrantes, será inaugurado hoje; visitação deve ser agendada

Por Bianca Barbosa
Especial para o Diário
29/11/2018 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Colocar os pés no portal do Parque Ecológico Imigrantes é adentrar mundo novo. Além de possuir acessibilidade para cadeirantes, cegos e surdos, o local une a conservação da Mata Atlântica à bioconstrução totalmente pensada em harmonia com a natureza. A experiência está localizada entre a Serra do Mar e a Represa Billings, com acesso pela Rodovia dos Imigrantes, no bairro Curucutu, em São Bernardo. A inauguração ocorre hoje, mas a visitação será feita com agendamento prévio a partir do dia 10 de dezembro.

O parque foi construído sem uso de máquinas, com reutilização de água da chuva, energia limpa (solar e eólica), madeiras plásticas (feitas com serragem e garrafas PET), e manejo de terra, como forma de minimizar o impacto ambiental na área. O empreendimento ocupa 484 mil m², em terreno de proteção ambiental da Fundação Kunito Miyasaka (comprado em 1974), realizadora e mantenedora do projeto em parceria com empresas privadas. O custo da construção foi de R$ 14 milhões, tendo sido planejado desde 2008 e com obras iniciadas em 2015.

Feito com 65 toneladas de aço reciclado, provenientes da sucata de 130 carros populares, o portal do Parque Ecológico Imigrantes teve montagem sem solda. O telhado capta água da chuva para ser utilizada na limpeza do local e nas plantas. “Estamos em área de proteção de mananciais. Tudo foi pensado de forma que minimizasse o impacto. Desde os pisos permeáveis até o reaproveitamento da água, e a estação de tratamento de efluentes”, observa Flávio Lessa, 53 anos, integrante do comitê executivo da Fundação Kunito Miyasaka.

Após a travessia do portal, o visitante já escuta o canto dos pássaros e encontra imensidão verde, cortada por passarela de 400 metros, feita com madeira plástica. Ao percorrer o elevado, é possível visualizar a copa das árvores e ter contato próximo com a vegetação, com lagos artificiais e animais que passeiam pelas seis trilhas, como as antas e tatus. O local conta com passarela acessível e dois elevadores. No fim da passarela, bondinho leva os visitantes a trilha sensorial, caminho de perfumes de flores, texturas de plantas e gostos de ervas e temperos.

Termo de cooperação entre a Prefeitura de São Bernardo e a fundação prevê ações ligadas à educação ambiental e ao controle da invasão do entorno. “É um orgulho ter uma área como esta na nossa cidade. Faremos o que for necessário para que esse parque se torne referência verde em nossa cidade”, destaca o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB).

Roberto Yoshihiro,75, presidente da Fundação Kunito Miyasaka, ressalta ainda que a inauguração coroa os 20 anos da fundação e os 110 anos da imigração japonesa no Brasil. 




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