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Novo maníaco ataca de Corsa
Hugo Cilo
Do Diário do Grande ABC
03/06/2004 | 21:07
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Investigadores de toda a região trabalham em um novo caso de estupro em série. Três mulheres registraram ocorrência em Mauá e disseram ter sido vítimas de um homem moreno com um Corsa, de cor clara, que ataca sempre pela manhã em pontos de ônibus. Elas contaram à polícia que foram abordadas por volta das 6h30, quando iam ao trabalho. Armado, o homem as obrigou a entrar no carro. A primeira ocorrência foi registrada em 2 de abril, no Jardim Zaíra. A segunda aconteceu no dia 18 de maio, no mesmo bairro. E a última, no último dia 28, no bairro IV Centenário.

De acordo com a delegada de polícia Helena Vieira de Lima, da Delegacia da Mulher de Mauá, o estuprador violenta as mulheres dentro de casas em construção, no bairro Sertãozinho, e as abandona na rodovia Índio Tibiriçá. “Como é um lugar afastado, isso tem dificultado uma ação rápida da polícia porque as mulheres demoram para fazer a ocorrência. Muitas vezes, é o hospital que nos comunica, algumas horas depois”, disse a delegada.

Segundo a delegada, as investigações das polícias da região trabalham com informações interligadas de todos os municípios. “Estamos priorizando a busca dos estupradores, em especial Ribeirão Pires, Mauá e São Bernardo, onde já foram registrados vários casos desde abril. A procura inclui a dupla do Escort branco”, acrescentou Helena.

Investigação – Nesta quinta, uma das vítimas da dupla de estupradores do Escort branco, pediu para a polícia refazer o retrato falado de um dos maníacos e deu outros detalhes do carro que usam.

Ao contrário do que se acreditava, os maníacos usam um Escort de linhas e painel arredondados. “Essas descrições mudam os caminhos da investigação e fortalece nossa busca. As informações anteriores davam conta de que o carro era velho e barulhento. No entanto, os novos depoimentos descrevem um Escort mais novo, de 1993 a 1996, modelo conhecido como sapão, segundo a Ford”, disse a delegada da Delegacia da Mulher de São Bernardo, Ângela de Andrade Ferreira Ballarini.

A delegada pediu mais empenho da população em ajudar os policiais no levantamento das informações. “Infelizmente, até agora não recebemos nenhuma denúncia que nos levem a eles.”

Com as novas informações, a polícia de Ribeirão Pires também redireciona as investigações. Para Antonio Francisco Nunes Lopes, chefe dos investigadores, as diferentes áreas de atuação dos estupradores dificultam a ação dos policiais. “As duas vítimas em Ribeirão foram levadas para a região de Paranapiacaba e nenhuma anotou as placas do carro. Vamos fazer um mapeamento da cidade com os bairros de maior risco e em locais que os estupradores já agiram. Isso talvez facilite a investigação, junto ao levantamento de informações com as famílias. As vítimas não estão colaborando por causa do trauma.”

Qualquer informação pode ser passada pelo disque-denúncia, pelo telefone 4368-2032.




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