Moradores do Riacho Grande, em São Bernardo, questionam alterações no programa de obras do SAI (Sistema Anchieta-Imigrantes), feito pela Ecovias, concessionária responsável pelo trecho. Integrantes do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) cobram que a nova marginal da Anchieta, que deve ser entregue no fim de julho, prossiga até o km 29 e não apenas até o km 23.

Por meio de fórum, os moradores do Riacho Grande organizaram abaixo-assinado pedindo que seja verificado junto à Ecovias, empresa que detém a concessão do SAI, o porquê da alteração do projeto de construção original, de 1998, inserido no contrato de concessão da rodovia, que previa marginal do km 18 ao km 29, o que contemplaria o distrito. Programa atual levará as três faixas de rolamento e uma de acostamento apena até o km 23. O documento foi posto em circulação na tarde de ontem e acumulava 22 assinaturas até o fechamento desta edição. A meta é juntar 3.000 assinaturas.

“Em 1999, recebemos fax da Ecovias informando que a obra do novo trevo do km 29 da Via Anchieta ficaria pronto em 2002 e a marginal Norte, que seria construída do km 18 até o km 29, ficaria pronta em 2006. O novo trevo ficou pronto em 2006 e a marginal começou a ser construída em 2017 e com projeto alterado, ou seja, 11 anos de atraso e sem um trecho que esperávamos”, afirma integrante do Conseg (Conselho de Segurança) do Riacho Grande, o advogado Ivar José de Sousa. “A continuidade da obra até o Riacho é necessária. A via está sem acostamento do km 23 ao km 29, além de ficar atolada de veículos nos horários de pico, fins de semana e feriados, transformando trajeto de 15 minutos em um de uma hora”, comenta.

O empresário Bruno Oliveira, 21, vive próximo à balsa e precisa de deslocar até o Centro de São Bernardo pelo menos três vezes na semana. Para ele, a obra ajudaria a escoar o trânsito. “Seria ótimo ter um alargamento da via. Isso aqui nos feriados fica impossível”, diz.

A Ecovias informou, por meio de nota, que a “implantação do Trecho Sul do Rodoanel modificou a configuração do tráfego da região e determinou novos parâmetros para as obras da Via Anchieta”. A concessionária destacou ainda que “contratos de concessão têm longo prazo de vigência e envolvem entendimentos complexos sobre quais investimentos se fazem necessários ou devem ser caracterizados como prioritários, permitindo ajustes e adequações em suas previsões iniciais, tais como antecipações, postergações, inclusões e/ou cancelamentos de obras”.