Difícil saber qual é a maior preocupação do Santo André. Continuar na parte de baixo da tabela, acumular o quarto jogo sem vencer no Campeonato Paulista ou o semblante apático dos jogadores após o empate por 1 a 1 contra o Mirassol, ontem, no reencontro entre time e torcida no Estádio Bruno Daniel depois de nove meses.

Mesmo com horário atípico, quase 4.000 torcedores foram ao estádio. E certamente não gostaram do que viram. Foi a pior atuação do Ramalhão, sobretudo no primeiro tempo, quando errou muitos passes e foi inoperante ofensivamente.

Na segunda etapa, pelo menos o time teve pegada. Porém, tecnicamente, seguia deixando a desejar. Nem as investidas de Walterson e Hugo Cabral, o ponto forte, não funcionavam. O segundo, aliás, ficou nitidamente frustrado ao ser substituído. E, pior, viu Aloísio, que entrou em seu lugar, abrir o placar, aos 12 minutos, praticamente no primeiro toque na bola.

O gol fez mal ao Santo André, que não soube administrar o resultado. Viu o Mirassol pressionar e criar série de escanteios até arrancar o empate, aos 43, com Jesiel, de cabeça.

Após o jogo, os atletas mostraram apatia na saída do vestiário, exceto Domingos, um dos mais inconformados. “Temos de trabalhar, corrigir, não dá para ficar lamentando. Não pode abaixar a cabeça que fica pior. Ficamos chateados, tomar gol aos 43 minutos, de escanteio, mas temos de vir para cá amanhã (hoje) e trabalhar”, disse.

O técnico Sérgio Soares também falou firme. “Estou irritado com o resultado e com a atuação, principalmente no primeiro tempo. Quando melhoramos no jogo fizemos o gol, mas no fim faltou de atenção, em bola que sabíamos que era forte deles tomamos o empate. Foi um dia ruim, mas é possível corrigir”, constatou.