Positiva a decisão da Câmara de Santo André de devolver à Prefeitura R$ 9 milhões que não foram utilizados durante a temporada. O dinheiro certamente terá bom uso, uma vez que nesta época crescem os gastos com pessoal, já que é preciso realizar o pagamento do 13º salário dos servidores. No ano anterior, o retorno foi de R$ 2,5 milhões.

A segunda notícia favorável deverá ser dada hoje, com a confirmação do corte de dois funcionários comissionados por gabinete. O número será menor que os cinco que haviam sido propostos inicialmente, mas já é sinalização de bom-senso por parte dos vereadores, até porque o acordo feito entre o Tribunal de Contas do Estado e o Ministério Público determina o máximo de dez indicados em cada um dos 21 gabinetes. Vamos e convenhamos, já é um volume elevado e dificilmente haveria espaço físico para abrigar a todos, caso comparecessem ao mesmo tempo no local.

Levantamento feito por este Diário aponta que ao menos 15 dos parlamentares estão dispostos a votar favoravelmente ao projeto, que elimina um apadrinhado em janeiro de 2018 e outro no último dia do próximo ano. Confirmada a votação, o ganho será do munícipe andreense, pois a Casa reduzirá sensivelmente o montante a ser designado ao pagamento de salários e outras despesas trabalhistas.

Essa receita já se mostrou eficiente. Os 43 postos cortados em 2016 (um a mais do que se pretende eliminar agora) representaram poupança de R$ 1,5 milhão, segundo Almir Cicote (PSB), presidente da Câmara, e ajudaram a compor o total que será entregue ao Executivo.

Em época de crise severa como a que se atravessa, todas as iniciativas que possibilitem economia devem ser empreendidas. Cortar na carne é uma necessidade. Na hora da votação de hoje, cada vereador deve refletir e tomar a decisão correta. É imperativo que os interesses coletivos triunfem sobre os individuais. A população de Santo André agradece.