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Narcotráfico leva à prisão ex-assessor de partido do presidente da Bolívia

Romer Gutierrez Quezada foi detido no início do
mês; associação com boliviano veio à tona ontem

Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
19/07/2017 | 07:00
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Reprodução/Facebook


Um dos quatro traficantes presos em flagrante pela Dise (Delegacia de Polícia de Investigações de Entorpecentes) de São Bernardo, no dia 7, com 99 quilos de cocaína, Romer Gutierrez Quezada, 38 anos, é ex-assessor do MAS (Movimento para o Socialismo) em Santa Cruz de La Sierra, partido do presidente da Bolívia, Evo Morales. A informação veio à tona ontem, após período de investigação do Ministério Público junto à DEA (Agência Antidrogas dos Estados Unidos).

Quezada, que é natural da cidade de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, foi preso por volta das 23h50 do dia 7, quando se preparava, ao lado de outros três traficantes – sendo um deles o comerciante também boliviano Olbis Rueda Garcia, 41, – para realizar a entrega do entorpecente na Rua São José, no bairro Pauliceia. Posteriormente, a cocaína seria distribuída no Grande ABC.

Os agentes da Dise da cidade já tinham informações sobre local e horário de entrega do carregamento de entorpecentes, assim como os intermediários que estariam transportando a droga. Foram apreendidos, ao todo, 100 tijolos de cocaína, escondidos em uma caminhonete branca e em um Fiat Uno Mille cinza.

Os quatro indivíduos presos – entre eles Leonardo de Faria e Everton Gambarro Ploia – foram autuados em flagrante por tráfico de drogas e associação ao tráfico. Todos continuam presos, conforme a SSP (Secretaria da Segurança Pública) do Estado.

A notícia da ligação de Quezada com o partido do presidente boliviano foi amplamente disseminada por veículos de comunicação da Bolívia ontem. O traficante é, inclusive, irmão de um deputado suplente pelo mesmo partido, em Santa Cruz de La Sierra, Amparo Gutiérrez Quezada.

À polícia, Quezada declarou que, apesar de compreender o idioma português, resguardaria o direito de permanecer em silêncio.

Primeiro presidente de esquerda da Bolívia, Evo Morales é também líder sindical dos cocaleiros, produtores de folha de coca. Em março, o líder sancionou legislação que ampliou de 12 mil para 22 mil a superfície legal para o cultivo da planta.

Embora tenha usos culturais, rituais e medicinais reconhecidos na constituição vigente desde 2009 no país andino, a folha de coca tem parte de sua produção desviada para o narcotráfico para a fabricação de cocaína.




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