Política Titulo Santo André
Gestão Grana contesta valor de restos a pagar

Segundo secretário de Finanças do governo petista, dívida foi de R$ 200 mi e não de R$ 312 mi

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
25/01/2017 | 07:00
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Secretário de Finanças e de Planejamento do governo de Carlos Grana (PT) em Santo André, Alberto Alves de Souza (PT) contestou os números apresentados pela equipe financeira da gestão de Paulo Serra (PSDB), que apontou existência de R$ 312 milhões herdados em restos a pagar. O petista admite ter deixado R$ 200 milhões. “Claramente, ele está usando desta forma para justificar as medidas (de austeridade).”

De acordo com Alberto, Paulo Serra coloca na conta valores de serviços que não tiveram nota fiscal emitida até a saída do PT da Prefeitura. “O que não tem nota não dá para considerar restos a pagar”, alegou ele.

“Paulinho falou em irresponsabilidade no Orçamento. Parece que Santo André está isolada em uma ilha. Isso é equívoco. Até no próprio decreto de congelamento (da peça) que ele fez, cita no texto a crise econômica. Foi opção do Grana não pagar pelos serviços. Fato é que a receita não cobre as despesas”, argumentou Alberto, dizendo que políticas de austeridade eram praticadas pelo governo petista. “Já vínhamos adotando procedimento de cortes de custeio. Fim do telefone corporativo e diminuição da utilização de carros oficiais já eram práticas no governo, assim como a redução de cargos comissionados.”

Apesar de contestar dados apresentados por Paulo Serra, Alberto fez mea-culpa. “Obviamente tivemos falhas. Atraso grande junto aos fornecedores, por exemplo, comprometeu a manutenção da cidade. Não conseguimos equilibrar. É uma falha. O governo atirou muito para todos os lados, buscando atingir as mais diversas áreas. Não focou, faltou foco, na minha opinião. É difícil de identificar marca do governo. O (Fernando) Haddad, em São Paulo, diminuiu mortes no trânsito com a redução da velocidade, protagonizou movimento de lazer em pontos centrais da cidade. Dá para lembrar de marcas. Aqui (Santo André) ficou generalizado, faltou priorizar.” 




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