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Com apoio do PT, Cicote é eleito presidente

Socialista, enfim, chega ao comando do Legislativo de Sto.André, mas terá companhias de Luiz Alberto e Bete Siraque

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
02/01/2017 | 07:00
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Aliado do prefeito Paulo Serra (PSDB), o vereador Almir Cicote (PSB) foi eleito ontem pela primeira vez presidente do Legislativo de Santo André, com apoio da bancada do PT – a maior da Câmara, com cinco integrantes –, em votação rápida, em cerca de 20 minutos, ocorrida depois da solenidade de posse. Após acordo firmado horas antes do processo, a chapa única, confirmando o favoritismo do socialista, contabilizou adesão unânime dos 21 parlamentares. Com a abertura de cargos na mesa diretora, o petismo emplacou dois nomes na composição, a principal entre as siglas representadas na Casa.

Com o consenso, a mesa no biênio 2017-2018 será composta Cicote na presidência, Luiz Alberto (PT) como vice, Bete Siraque (PT) de primeira secretária, Fábio Lopes (PPS) na segunda cadeira e Elian Santana (SD) na terceira secretaria. Apesar de críticas veladas de alguns vereadores ao formato do bloco, o cenário favorável a um nome que fará parte da base governista não se configurava desde 2010, quando o parlamentar José de Araújo (PSD), patrocinado pelo Executivo, venceu a disputa interna. Mesmo naquele ano, houve concorrência acirrada, coincidentemente com o próprio Cicote, que viu escapar a vitória às vésperas do pleito.

Sacramentado o 11º apoio ontem, representando já o saldo positivo a Cicote, o vereador Marcelo Chehade (PSDB) – licenciado depois da votação para assumir a Pasta de Esportes – frisou que o voto “repara erro de seis anos atrás”. “Foi erro do passado, agora corrigido”. À ocasião, em 2010, o tucano recuou da promessa e votou em Araújo, crivo essencial para a reversão do panorama. Chehade será substituído por André Scarpino (PSDB). Alçado ao primeiro escalão de Paulo Serra, o parlamentar Edson Sardano (PTB, Segurança) demonstrou constrangimento com a situação. Crítico voraz ao PT, o petebista questionou se seu voto seria preponderante para determinar o resultado. Mas acompanhou os colegas – no seu lugar entra o correligionário Marcos Pinchiari.

Toninho de Jesus (PMN) foi outro crítico à formação, só que também apoiou a chapa. No microfone, antes de dar seu voto, falou que era “misturar água com óleo”. “É a banana comendo o macaco”. Dias antes do processo interno, Elian e Jobert Minhoca (PSDB) colocaram-se, nos bastidores, como postulantes à presidência. Contudo, ambos recuaram do embate. “Retirei. O PT não iria compor (comigo). No primeiro e segundo anos, isso poderia prejudicar o município, que está quebrado. O grupo me ligou, com a ideia de fazer a cidade andar. Se eu fosse, ficaria só PSDB (Câmara e Executivo). Estou com o Paulinho, Cicote também. Abri mão para agregar outros vereadores”, alegou Minhoca.

Cicote falou em “fiscalização ao Paço, mas com respeito”. Citou desprendimento de Minhoca e Elian, além de agradecer à bancada do PT. “Teve papel fundamental na construção dessa união”, frisou, lembrando de desgaste no passado que tirou o partido de outras composições, no período que a sigla liderava a Prefeitura. “Todos entenderam a importância de participação, de forma consensual.” 




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