Política Titulo Ribeirão Pires
AES Eletropaulo programa para hoje corte de luz no Paço de Ribeirão

Concessionária acusa dívida da administração e vai interromper fornecimento em oito prédios

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
24/11/2016 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Após a interrupção de energia elétrica de equipamentos públicos de Santo André na segunda-feira em função de dívidas nas contas, a AES Eletropaulo indicou corte no fornecimento de luz à Prefeitura de Ribeirão Pires, comandada por Saulo Benevides (PMDB), ao também alegar atraso no pagamento de faturas. Diante do impasse financeiro, a concessionária programou para hoje desligamento de oito unidades no município – em solo andreense foram quatro –, sem especificar os locais afetados. Conforme dados da empresa, existem débitos pendentes pela cidade desde maio.

A Eletropaulo não abriu valores do passivo e pontuou que “nenhum serviço essencial à população” será prejudicado. A Prefeitura reconheceu que duas parcelas de um acordo acertado no ano passado com a concessionária constam em aberto, o que corresponde a quantia total de R$ 273,9 mil de débitos. O montante pode ser mais elevado caso existam contas mensais de fornecimento em atraso, em acréscimo às notas admitidas pelo Paço.

O governo peemedebista justifica, no entanto, que a empresa já foi comunicada quanto aos procedimentos de quitação desta dívida de parcelamento, considerando, portanto, ser improcedente a informação de interrupção da energia na cidade. Na ocasião do acordo, em 2015, a AES Eletropaulo havia avisado sobre o desligamento de luz em alguns prédios administrativos de Ribeirão, porém recuou frente à proposta de negociação do pagamento por Saulo. Os vencimentos em atraso eram de R$ 1,5 milhão. Na data marcada para o corte, funcionários da concessionária compareceram no município, só que não houve interrupção devido à repactuação da dívida em cima da hora.

A administração de Saulo confia que “não corre qualquer risco de ter seu fornecimento de energia suspenso ” por conta do ajuste em vigor, o que, na concepção da empresa, não está sendo cumprido. “A Prefeitura e a concessionária entraram em acordo para o pagamento de dívida herdada de gestão anterior. Em julho (do ano passado) foi firmado acordo para pagamento de 12 parcelas de R$ 136.962,67 a serem quitadas todo dia 20 de cada mês”, sustentou, por nota.

A Prefeitura concluiu que com a queda abrupta da arrecadação que já passou de 40% do esperado, os acordos firmados previamente com fornecedores estão sendo revistos para adequar à nova realidade financeira. Relatou que diversas ações de enxugamento de gastos foram colocadas em prática, como a redução no salário do prefeito e dos comissionados, além de corte no número de cargos em confiança. “Por conta de todas essas medidas, a Prefeitura tem se mantido em dia com suas obrigações com o funcionalismo e permitido o custeio dos serviços públicos essenciais.” 




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