Andy Diamante, 26 anos, é refém dos rebeldes muçulmanos do grupo Abu Sayyaf desde fevereiro. Diamante já conhece os 21 reféns por seus nomes e afirma que jamais foram maltratados. ``Eles receberam remédio contra a malária', acrescentou.
Os rebeldes também deram roupas e servem como comida arroz e sardinha, segundo o refém filipino. Todos se encontram desde terça-feira passada em uma casa perto de um rio, depois ter caminhado noite e dia desde domingo pela selva da ilha de Jolo.
Estavam fugindo quando começaram os disparos do exército filipino. Foi nesse momento que Sonia Wendling perdeu o controle durante alguns momentos. ``Ela começou a gritar para que parassem os disparos', relatou Andy aos jornalistas Nicolas Poincaré, da Radio France, Franck Berruyer, da Europe 1, e Jerome Fritel, da France Soir, que conseguiram chegar perto do local onde quarta-feira foi realizada uma primeira negociaçao entre um diplomata líbio, Rajab Azzaruk, um ima de Jolo, Ghazali Ibrahim, e líderes rebeldes.
Cerca de cem rebeldes muito jovens e fortemente armados vigiam os reféns.
``Os reféns mais fortes sao o francês e o sul-africano Carel Strydom', disse Andy. ``Marie Michele Moarbes, a refém libanesa, torceu o tornozelo e Stephane a carregou nos ombros durante a caminhada', acrescentou.
Andy Diamante também contou que vive constantemente acompanhado de ``seu' seqüestrador, que nao o deixa sozinho um só instante. ``Fomos tomar banho esta manha (de quarta-feira)', explicou.
Um casal francês, uma família alema de três pessoas, um casal finlandês, outro sul-africano, nove malaios e dois filipinos foram seqüestrados em 23 de abril na ilha malaia de Sipadan e depois foram conduzidos de barco para Jolo.
Os negociadores pediram quarta-feira a libertaçao da refém alema Renate Wallert, que se encontra muito debilitada, segundo as imagens da televisao filipina divulgadas no domingo passado. Mas o grupo Abu Sayyaf pediu um prazo antes de dar resposta.
Na quarta-feira um porta-voz dos rebeldes, entrevistado por telefone por uma rádio local filipina, disse que ``a alema nao está realmente enferma. (...) As vezes nao é capaz de andar, mas, quando ouve os disparos, é a primeira sair correndo'.
O negociador filipino declarou nesta quinta que o refém francês Stephane Loisy manifestou que desejava continuar com os seqüestradores e junto à sua amiga, Sonya Wendling, e nao ser libertado por razoes de saúde.
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