Ao oeste do muro, o capitalismo; ao leste, o socialismo; e ao centro, o anarquismo fluente na vida de seis amigos que vivem em comunidade num edifício em Berlim nos anos 80. Fazem do convívio uma versão doméstica e modesta da Comuna de Paris – movimento a partir do qual a população adotou, durante poucos dias de 1871, um governo cooperativista na capital francesa.
A vida em comum dessas seis pessoas terá duração tão longa quanto os blocos que sustentam a Alemanha repartida. Antes de tomar cada um o seu rumo, farão uma última ação conjunta: instalar uma bomba dentro de uma vistosa mansão. Ela, entretanto, não explode como previsto.
Quinze anos depois, duas pessoas são feridas pela detonação da arma. A polícia começa a investigar. Um reencontro de todos é necessário, para bolar uma estratégia que interfira no trabalho de busca por provas.
Está tudo mudado e somente dois integrantes do sexteto ainda têm na cabeceira os textos de Bakunin e Proudhon (idealizadores teóricos do anarquismo). Os outros são agora publicitários ou promotores, portanto renderam-se às hierarquias antes combatidas.
Difícil será conciliar a diversidade de agora, entre os que cultuam com fervor os logotipos de empresas e os que os desconjuram como representações demoníacas do consumo.
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