A Terceira Idade Brilha São Bernardo aposta no perfume para agradar público e juízes no Carnaval da cidade.

O enredo Terceira Idade, Espalha Esse Cheiro Pelo Ar, composto por Dimas Santos da Silva, traz a história e trajetória do perfume na humanidade, desde sua criação até seu ápice em Paris, na França, e promete trazer alegria aos foliões são-bernardenses.

Com 300 componentes, 12 alas e três carros, a escola prepara espetáculo cheio de fantasias criativas representando as diversas culturas com várias fases. Entre as representações brasileiras abordadas, estão os indígenas, que praticam seus rituais religiosos com incensos.

Para o presidente da escola, Raimundo Machado, a expectativa para o desfile é das melhores. “Estamos trabalhando duro e tenho certeza que o resultado será positivo”, declara. “Tudo faz parte do nosso trabalho. O dinheiro que estamos usando foi arrecadado com feijoadas e bailes que organizamos. Todo esse esforço será recompensado”, comenta.

Segundo o diretor de Carnaval, Dionisio Machado, a escola busca melhorar o conceito no meio carnavalesco. “Queremos aprimorar nossa imagem e mostrar que podemos fazer um desfile de qualidade”, conta. “O mais importante a se fazer é dar prioridade ao povo. Esse é o sentido do Carnaval”, indaga.

Segundo a coordenadora Cidinha Alves, a ideia é demonstrar no desfile o charme e sensualidade transmitidas pelo aroma do perfume. “O objetivo é mostrar os lados místicos e até mesmo sensuais dos aromas. É tanto sagrado quanto profano”, comenta. Na última edição, a escola ficou na sexta posição, mas garante mudanças. “Neste ano ficaremos no primeiro lugar. Estamos focados nisso”, garante a sambista.

A veterana Maria Júlia Cunha, 91 anos, dedica mais de duas décadas ao Carnaval e ressalta o orgulho de representar sua escola na avenida. “Eu amo isso e não vou parar tão cedo. Meus filhos ficam impressionados, mas eu simplesmente adoro desfilar”, comenta, enquanto faz uma das fantasias.

“Cada ano é uma realização. A energia é muito boa”, comenta dona Josefa dos Santos da Silva, 78. “Já aprendi muito nesses 26 anos de Carnaval e tenho certeza de que muitos ainda virão ”, afirma.