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Seci apresenta belezas e desigualdades do Nordeste

Agremiação vai à avenida com 8 alas e 4 carros alegóricos

Por Cadu Proieti
Do Diário do Grande ABC
30/01/2012 | 07:00
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O Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Seci, do Parque Capuava, irá desfilar uma das regiões mais conhecidas do país no Carnaval de Santo André. O enredo deste ano é O Nordeste Feito à Mão e vai falar das belezas naturais e da desigualdade social existentes nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí e Pernambuco.

Neste ano o Seci vai à avenida com oito alas e quatro carros alegóricos. Serão cerca de 400 componentes, divididos em cerca de 30 por ala, mais comissão de frente e passistas que irão desfilar nos carros.

Segundo o presidente da escola Ricardo Bastos Pereira, popularmente conhecido como mestre Rica, os preparativos para o desfile já estão na reta final. "O trabalho está acelerado e temos tudo bem adiantado. Só falta a finalização dos carros alegóricos", afirmou.

Rica aponta a principal problema para o Carnaval de 2012. "É sempre o dinheiro, porque força de vontade a galera tem. O mais dificultoso é a verba para conseguir terminar o que está em mente e a história que estamos desenvolvendo. Às vezes, paramos no meio do caminho porque a verba não chega", reclamou.

Mesmo com a dificuldade, o presidente acredita que a agremiação conseguirá realizar grande apresentação neste ano. "A gente vai para fazer o Carnaval, mas dependemos dos jurados. Não só nós, mas as outras escolas ficam nas mãos deles também. Tem vezes que achamos que está maravilho e eles não vêem deste jeito. É uma caixinha de surpresas. Vamos fazer o que é programado e esperar para ver a decisão", finalizou Rica.

Após dez anos, mestre deixa a bateria

Após dez anos à frente da bateria do Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Seci, Ricardo Bastos Pereira, conhecido como mestre CF51Rica/CF, vai deixar a coordenação dos ritmistas da agremiação. Neste ano, ele assumiu a presidência da escola pela primeira vez.

Mestre Rica afirmou que foi difícil largar a bateria da escola. "Largar o vinculo com a bateria é complicado. Mais fácil largar a presidência da escola e voltar para bateria, do que o contrário. Foi muito tempo e criamos relação legal, de amizade e família", relatou.

O atual presidente apontou a diferença dos dois cargos. "As duas funções dão muito trabalho. Tem os prós e contras. A bateria pulsa a escola, mas como presidente tenho de cuidar de tudo, inclusive da bateria", contou.

Envolvido com o Carnaval desde menino, mestre Rica relembra com nostalgia tudo que já fez pela agremiação. "Eu era bem novinho, com uns 9 anos, quando comecei mexer com ritmo dentro da escola. Com o passar do tempo fui aprendendo, até chegar a diretor e ao comando da bateria."

No primeiro ano como presidente, mestre Rica tem suado a camisa para garantir um bom desfile para a comunidade do Seci neste ano. "Estamos trabalhando dia e noite, por volta de 12 horas por dia. Minha esposa vem me ver na escola, porque em casa ela me não vê. Até chegar o Carnaval, moro por aqui", disse.

O ex-chefe dos ritmistas fez questão de lembrar do início da escola, em 1988. "Fazíamos batucada na beira do campo e deu na cabeça da rapaziada fazer um bloco para se divertir. Isso aí foi crescendo e acabou virando coisa séria", finalizou.




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