A produção de ônibus e caminhões na fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo ficará paralisada por 35 dias corridos, entre os dias 7 de dezembro e 11 de janeiro. Já os setores administrativos terão férias coletivas a partir de 21 de dezembro, retornando ao trabalho no mesmo dia do pessoal da linha de montagem.

O objetivo da parada é tentar diminuir os estoques, que estão lotados em razão da baixa demanda. Para se ter uma ideia, foram comercializados 61 mil caminhões entre janeiro e outubro deste ano em todo o País, número 45% menor do que o registrado no mesmo período de 2014 e que retrocede ao patamar de vendas de 1999. A queda nas vendas é motivada por diversos fatores ligados à atual situação econômica do País, como redução na produtividade, restrição ao crédito, inflação alta e juros elevados. Por conta disso, a quantidade de veículos represada nos pátios do Brasil – incluindo automóveis, picapes e ônibus – chegou a 340,6 mil unidades no fim do mês passado, o que levaria 53 dias para ser esvaziado.

Outras montadoras da região também estão lançando mão das férias coletivas na tentativa de adequar a produção. A Scania dará folga remunerada aos operários por 36 dias corridos, entre 21 de dezembro e 25 de janeiro. Na Ford, os funcionários da linha de produção de automóveis ficarão em casa do dia 9 ao 19 do mês que vem. Já os que atuam na fabricação de caminhões irão parar de 9 a 27 de dezembro. Na Volkswagen, a paralisação vai de 17 de dezembro a 5 de janeiro. Na General Motors, em São Caetano, a direção da empresa ainda não definiu como será o esquema para o fim do ano. A Toyota, que tem planta em São Bernardo, não respondeu aos pedidos de informação até o fechamento desta edição.