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Acordo pode elevar a produção automotiva em 30%
17/11/2004 | 10:56
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O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, disse nesta terça que o governo tem como meta ampliar, até 2006, em um terço o atual mercado interno de veículos, por meio de um acordo que está sendo costurado com a indústria automotiva. Segundo Furlan, a idéia é “alargar” o mercado nacional em cerca de 500 mil unidades, postergando a tributação que incide sobre a compra do veículo novo.

“Vários estudos estão em andamento, mas a percepção que se tem é que hoje o comprador de carro novo paga grande volume de impostos na aquisição. E talvez esse tributo pudesse ser diluído ao longo do tempo de uso do carro, de maneira que o valor de aquisição fosse menor”, afirmou o ministro.

As montadoras instaladas no país prevêem fechar o ano com uma produção de 2,1 milhões de veículos, recorde histórico do setor, superando o volume de 2,048 milhões alcançado em 1997. O crescimento está sendo puxado pelas exportações (cerca de 600 mil veículos), com o mercado interno ficando em torno de 1,5 milhão de veículos.

O anúncio de que o governo federal intermedia um programa de estímulos para a indústria automotiva, que prevê a participação dos governos estaduais, foi feito na semana passada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita à fábrica do grupo PSA Peugeot Citroën, em Porto Real (RJ).

“O presidente tem a disposição de tornar a venda de veículos mais acessível ao público em geral. Por isso, estamos analisando que medidas poderiam ser tomadas para que o mercado interno se alargasse, havendo aí um crescimento até 2006 de cerca de 500 mil veículos”, destacou Furlan.

Ociosidade – Segundo ele, a meta corresponde à atual capacidade ociosa da indústria automotiva. “Há uma vontade política do presidente Lula de proporcionar que a capacidade instalada do setor automotivo seja utilizada alargando o mercado interno ao mesmo tempo em que crescem as exportações.”

O ministro ressaltou, entretanto, que não há nenhuma decisão nesse sentido e que os estudos ainda estão sendo feitos pelos setores público e privado. “Essas medidas estão sendo analisadas no âmbito do governo e com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) também. E durante o ano de 2005 poderão ser anunciadas.”

Furlan afirmou que a proposta apresentada pelas montadoras prevê que a queda da arrecadação do Tesouro Nacional com eventual redução de impostos seria compensada pelo aumento da produção. E admitiu que os Estados seriam mais penalizados.

“Isso depende, principalmente dos governos estaduais, uma vez que a maior parte da tributação é estadual e não federal”, disse o ministro, que participou de uma solenidade na fábrica da Fiat Automóveis, em Betim (MG), em comemoração à marca atingida neste mês pela montadora italiana, de 2,5 milhões de veículos destinados à exportação.




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