Uma diferença de alguns pares de milhões de dólares esfriou a possibilidade de um casamento entre Rubens Barrichello e a Williams. Em agosto do ano passado, as duas partes começaram a conversar, de olho num contrato válido a partir de 2005. As primeiras negociações coincidem com a época em que Juan Pablo Montoya entrou em atrito com a cúpula do time, assinando com a McLaren.

Rubens, na ocasião, passou a ser o primeiro nome da lista da Williams para substituir o colombiano. Fontes da equipe revelaram que o brasileiro teria pedido salários de US$ 12 milhões anuais para deixar a Ferrari. Frank Williams, conhecido muquirana da categoria, ofereceu a metade. Barrichello ainda teria baixado seu pedido para algo em torno de US$ 8 milhões. Mas Frank não deu mais nenhuma resposta.

O prazo para concluir as negociações ficou estabelecido: meados de dezembro. Como a Williams não levou a conversa adiante, pela diferença salarial, Barrichello acabou costurando sua renovação com a Ferrari antes mesmo do fim do ano. O acordo foi anunciado na semana passada, em Madonna di Campiglio. Segundo a imprensa italiana, Barrichello vai ganhar, em 2005 e 2006, US$ 9,5 milhões por temporada.

Após a assinatura de Rubens Barrichello com a Ferrari, Jenson Button passou a ser o nome preferido da Williams para a posição de primeiro piloto no ano que vem. O inglês, que estreou na Fórmula 1 pelo time em 2000, corre atualmente pela BAR. Ralf Schumacher está com seus dias contados na equipe inglesa. Ele pediu, para renovar, US$ 15 milhões. A Williams topa pagar, no máximo, US$ 8 milhões. O empresário de Ralf, Willi Weber, já se reuniu com a direção da Toyota para tratar de sua transferência para o time japonês a partir de 2005, no lugar de Olivier Panis.