O técnico Juninho Fonseca anunciou com entusiasmo na quinta-feira que o Corinthians adotaria o esquema 4-3-3 na partida contra o União Agrícola Barbarense, domingo, em Santa Bárbara D’Oeste. O treinador, porém, pode se arrepender da decisão. A vulnerabilidade apresentada pelo meio-campo no coletivo realizado nesta sexta, no Parque Ecológico do Tietê, deixou o técnico com a pulga atrás da orelha, principalmente por causa do resultado do treinamento: derrota dos titulares para os reservas por 1 a 0, gol marcado pelo atacante Samir.

Em campo, Fabinho, Rincón e Adrianinho não deram conta do recado. Os volantes e o meia ficaram sobrecarregados e os atacantes, que deveriam ter auxiliado na marcação, pouco fizeram. O apoio constante dos laterais mostrou-se eficaz e os zagueiros, encurralados na defesa, também não tiveram a oportunidade de aparecer à frente como elemento surpresa, como pretendia Juninho.

Para fazer com que o esquema 4-3-3 volte a dar certo no alvinegro, a exemplo do que aconteceu sob o comando de Carlos Alberto Parreira, em 2002, Juninho pediu maior disposição dos atacantes ao ajudar a marcação e uma maior posse de bola. “Gil e o Régis vão jogar abrindo. Porém, num momento de mais dificuldade dentro do jogo, eles podem formar o quadrado de novo”, disse o técnico, ao garantir que um dos atacantes ficará preso entre os zagueiros adversários.

Enquanto Juninho quebra a cabeça para acertar o posicionamento, o atacante Gil comemora a entrada de Marcelo Ramos no ataque. O jogador acredita que seu rendimento irá melhorar – o atleta foi muito criticado nas duas primeiras rodadas – com a escalação do novo contratado na função de terceiro atacante. Para Gil, a marcação adversária deverá se concentrar em Marcelo Ramos, e assim, se descuidar dos demais atletas da equipe. “Ele serve de referência e tem muita movimentação. Assim, o Marcelo chama a atenção dos marcadores e nós (Gil e Régis Pitbull) ficamos mano-a-mano com outros defensores”, afirmou.

O meia Rodrigo, por outro lado, vive a expectativa de estrear com a camisa do Corinthians. A documentação do jogador foi regularizada no início da semana e ele deverá ficar como opção do treinador para o decorrer do jogo. “É uma experiência nova ficar tanto tempo sem jogar”, disse Rodrigo, que também quer servir como opção de ataque.