Um mundo aberto para misturar pessoas de diferentes nacionalidades. Basta abrir um mapa para encontrarmos possíveis destinos de viagens que podem servir como fonte de conhecimento. É com a possibilidade de estudar fora do Brasil que milhares de pessoas encontram motivação para fazer um investimento acadêmico que também se torna uma experiência cultural lembrada para sempre.

Segundo a Brazilian Educational & Language Travel Association, organização que reúne agências de intercâmbio, cerca de 230 mil brasileiros foram estudar fora no ano passado. Destinos como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Austrália estão entre os mais procurados. Parte dessas opções estará à mostra no sábado durante a sétima edição da Feira de Intercâmbio 7 a 17 anos, que irá ocorrer das 10h às 19h no Hotel Intercontinental (Alameda Santos, 1.123. Tel.: 3179-2600), em São Paulo. A entrada é gratuita.

O objetivo do evento é resolver qualquer tipo de indecisão existente nos adolescentes e em seus pais. “Percebemos que o grande desafio dos jovens é convencer os pais de que já estão prontos para esse tipo de experiência longe de casa. Grande parte do público acaba por chamar os adultos para se integrarem mais com o mundo do intercâmbio”, explica Fabiana Fernandes, gerente de produtos da CI (Central de Intercâmbio e Viagens), organizadora do evento.

Representantes de pouco mais de 30 instituições de vários países estarão lá para esclarecer dúvidas referentes a valores, estrutura oferecida e qualidade das escolas. “A conversa nesse tipo de feira é única, pois dá maior segurança por meio de bate-papos, seja com o pessoal das escolas ou com quem já passou por algum tipo de viagem”, diz Fabiana.

Em 2013, a moradora de Santo André Melissa Moreira, 17 anos, passou seis meses na cidade de Ottawa, no Canadá, completando o último semestre do segundo ano do Ensino Médio. “Desde pequena tinha vontade de fazer intercâmbio e sempre conversei com meus pais sobre o assunto”, lembra, ressaltando que aproveitou a oportunidade para fazer esportes de inverno e conhecer outras localidades do país. “Acredito que a parte mais positiva de se fazer isso antes dos 18 anos, é que você se constrói de um jeito diferente, passa a ser muito mais independente e começa a ver outras culturas com a mente mais aberta. Superrecomendo!”

Gustavo Ferraz Adami, 20 anos, escolheu Londres, na Inglaterra, para se dedicar ao estudo da língua inglesa durante um mês em 2012. Ele afirma ter tido de abrir mão de certas coisas para juntar dinheiro para a viagem e não se arrepende. “Londres é um lugar que tem um choque de cultura e isso foi muito interessante de vivenciar. Passar muito tempo com brasileiros e não praticar a língua foi uma das minhas preocupações”, diz o rapaz de São Bernardo.<EM>

Talvez a apreensão do momento esteja por causa da alta do dólar norte-americano nos últimos meses, com cotação que já ultrapassou os R$ 3,20 na semana passada. O câmbio da libra esterlina, moeda do Reino Unido, tem fechado em valor próximo a R$ 4,70. “Quando falamos de intercâmbio, há um planejamento a longo prazo. Lógico que o aumento do dólar pode assustar, mas não chega a inviabilizar a viagem”, analisa Fabiana Fernandes, citando a compra da experiência em pacote fechado antecipadamente. 

O Canadá e a Austrália aparecem como opções aos Estados Unidos (alvo mais tradicional) a serem levadas em conta por suas moedas estarem mais baratas neste momento. Há também a possibilidade de se comprar passagens aéreas com tarifa especial para estudantes a partir de 12 anos, com descontos que chegam até 15% do preço convencional.