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Grana busca compensação por obra na Av.dos Estados

Prefeito de Sto.André pede ao governo paulista contribuição após ponte construída na altura do bairro Bangu, em 2013

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
25/01/2015 | 07:00
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André Henriques/DGABC


O prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), mira compensação em obras do governo de São Paulo, chefiado por Geraldo Alckmin (PSDB), por intervenção realizada em 2013 na Avenida dos Estados. O petista cobrou da administração tucana, em audiência no Palácio dos Bandeirantes com o secretário paulista da Casa Civil, Edson Aparecido (PSDB), contribuição efetiva depois da reconstrução da ponte – na altura do bairro Bangu – que teve a estrutura danificada pela força da água logo no primeiro ano de gestão. Na ocasião, o Paço gastou integralmente R$ 5,1 milhões no contrato emergencial.

Do ponto de vista formal, não houve compromisso de restituição financeira por parte do Estado. Por outro lado, a via sobre o Rio Tamanduateí é de responsabilidade do Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), ligado à administração paulista. O deputado estadual Orlando Morando (PSDB) e o secretário de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos de Santo André, Paulinho Serra (PSD), acompanharam Grana na reunião. Diante do encontro, as partes acertaram que o governo do PT atualizará projeto de requalificação da avenida, com pavimentação, alteamento de algumas pontes e novo paisagismo.

A gestão Grana protocolou na sexta-feira, em São Paulo, o ofício com as demandas viárias. O petista evitou falar em contrapartida pela despesa do passado. Segundo o prefeito, a reivindicação é por ajuda estadual frente ao abandono na via, que liga o Grande ABC a São Paulo. “Fizemos abertura de diálogo e colocamos a necessidade de auxílio mais efetivo. É fundamental esse investimento, por isso o pedido para que eles entrem como parceiros na proposta de revitalização da avenida, que hoje sofre com trânsito caótico, principalmente após a movimentação do Rodoanel (Trecho Sul)”, alegou.

O governo estadual prometeu analisar o projeto, porém não há prazo delimitado para resposta da solicitação. Conforme estimativas extra-oficiais do documento, as intervenções requeridas gerariam custo em torno de R$ 20 milhões. “Agora depende de vontade política e da disponibilidade de recursos para deixar a via em condições melhores. Pois, atualmente, a situação está precária. O Estado não tem depositado um centavo naquele trecho”, disse Grana, ao ponderar, no final da entrevista, que o Paço teve que arcar sozinho na resolução da queda da ponte. “Não houve qualquer aporte externo.”

Paulinho considera que ficou “crédito político” por conta da decisão da gestão no caso da ponte. Para o pessedista, o Estado levaria “quase seis meses” para análise do problema. “A resposta positiva deles chegou a uma semana da inauguração (da passagem). Ficou apalavrado esse processo de qualificação naquele momento. Retomamos essa conversa.”

A Prefeitura possui dois projetos viários naquela área em trâmite com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Um deles é o alteamento da Avenida dos Estados na altura do Viaduto Castelo Branco, no bairro Santa Terezinha. O outro se refere à segunda alça do Viaduto Antônio Adib Chammas, no Centro. O retorno da instituição internacional deve sair no fim do primeiro trimestre. “Espero que tenhamos sinalização no mesmo tempo do entendimento com o BID. Essa é nossa expectativa, tendo em vista que são propostas que caminham em sintonia.”

Edson Aparecido não foi localizado para comentar o caso.




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