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Consórcio contrata mesma agência de São Bernardo

Acordo com a Sotaque Propaganda será de R$ 9 milhões; Travessia Segura será, mais uma vez, prioridade na divulgação

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
20/10/2014 | 07:00
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André Henriques/DGABC


O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC contratará a mesma agência de publicidade que presta serviços à Prefeitura de São Bernardo. A Sotaque Propaganda foi classificada na licitação da entidade e, após avaliação de documentos para homologação, poderá assinar acordo cujo valor é de R$ 9 milhões. O presidente do colegiado regional de prefeitos é Luiz Marinho (PT), que também chefia o Executivo são-bernardense.

A quantia a ser paga pelos serviços de publicidade representa quase a metade do Orçamento do Consórcio para este ano, ou seja, 49,9% dos R$ 18,035 milhões estimados para o período. A proposta do acordo, segundo informou a entidade, é para estender para a grande mídia, como rádios, emissoras de televisão e jornais, a divulgação de políticas públicas administradas pelo Consórcio. A prioridade será, novamente, a campanha pela Travessia Segura, que visa redução de atropelamentos e que contabiliza números tímidos até o momento.

O tratamento do Paço de São Bernardo com a Sotaque difere do dispensado à Octopus, tendo em vista que a conta de publicidade do município é dividida entre as duas. Contratada pela administração são-bernardense desde 2010, a agência escolhida pelo Consórcio recebeu, no total, R$ 61,9 milhões. A mesma empresa também foi parceria de Marinho em sua primeira campanha à Prefeitura, em 2008, quando se sagrou vencedor na concorrência municipal.

Entretanto, a Octopus contou com montante menor: menos da metade do que foi repassado à Sotaque caiu nos cofres da agência. Durante o mesmo período, a Octopus recebeu R$ 24,9 milhões da gestão Marinho. As duas empresa também foram adversárias na licitação pela conta do Consórcio regional e a Octopus acabou desclassificada.

FALHAS
Lançada pela primeira vez em dezembro de 2011, a campanha Travessia Segura, para incentivar motoristas de veículos a darem preferência aos pedestres nas faixas de segurança das ruas do Grande ABC, foi abandonada cinco meses depois. Na época, o então presidente do Consórcio, o ex-prefeito de Diadema Mário Reali (PT), admitiu que havia falhas na campanha por conta da falta de articulação entre as sete cidades.

Reali chegou a avaliar que a divulgação da campanha foi benfeita, porém, os prefeitos não intensificaram a fiscalização aos motoristas que não respeitavam a preferência dos pedestres nas faixas de segurança em vias que não contam com semáforos.




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