Economia Titulo A partir de hoje
Funcionários dos Correios
iniciam mobilização no País

Por enquanto, trabalhadores da região e Capital ainda não irão
se movimentar; nova assembleia foi marcada para hoje à noite

Por Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
11/09/2012 | 07:03
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Orlando Filho/DGABC


Mesmo a ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) elevando a proposta de reajuste salarial de 3% para 5,2%, grande parte dos trabalhadores recusou o índice e decretou, a partir de hoje, o início de mobilizações pelas agências de todo o País. A decisão foi aprovada ontem durante assembleias em diversos Estados brasileiros. Um dos primeiros a se mobilizar foi Minas Gerais.

No entanto, os funcionários do Grande ABC e da Capital ainda não irão se movimentar, informou o secretário geral da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares), Edson Dorta Silva. Uma nova assembleia foi marcada para a noite de hoje no CMTC Clube (Avenida Cruzeiro do Sul, 808, Vila Guilherme, São Paulo) já que a realização de greve não está descartada, mas para isso ocorra é necessário uma campanha unificada e nacional.

Com data base em 1º de agosto, a categoria é formada por 120 mil trabalhadores. Desse total, 1.400 estão empregados nas unidades da empresa no Grande ABC. Na região há 18 agências dos Correios, 20 centros de distribuição e um centro de tratamento.

Por meio de nota, a ECT informou na semana passada que já estava adotando as medidas necessárias para manter a distribuição de cartas e encomendas no caso de possível greve. Ainda segundo a companhia, os sindicatos informaram datas distintas em relação às assembleias que avaliarão a proposta. Dezesseis centrais realizaram assembleia ontem; cinco realizarão hoje e outras 14 farão no dia 25.

A categoria pleiteia 43,7% de aumento salarial, somadas as perdas salariais desde 1994, o índice de inflação do País e aumento real de 10%.

Hoje, de acordo com a companhia, o salário inicial de carteiros, operadores de triagem e atendentes comercias é de R$ 942,75, além de benefícios e plano de saúde. Com a última proposta apresentada pela estatal, o salário passaria a ser de R$ 991,77; o vale-alimentação de R$ 675 para R$ 710,10; o vale-cesta básica de R$ 140 para R$ 147,28 e o reembolso creche de R$ 384,95 para R$ 404,97.

DIFÍCIL NEGOCIAÇÃO - Fechar o acordo salarial em 2011 também não foi fácil. Os funcionários permaneceram 28 dias paralisados. As negociações foram parar na Justiça. A greve só chegou ao fim depois do acordo fechado no TST (Tribunal Superior do Trabalho). Na ocasião, o dissídio foi a julgamento e houve acordo de reajuste salarial de 6,87% e aumento linear de R$ 80. (Com Diário OnLine)




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