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Obras saem do papel em 2014

Prefeitos se reuniram ontem no Consórcio para discutir aplicação dos R$ 2,1 bilhões

Por Cadu Proieti
Do Diário do Grande ABC
03/09/2013 | 07:00
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Os R$ 2,1 bilhões em investimentos anunciados dia 19 pela presidente Dilma Rousseff (PT) via PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento) para o Grande ABC só serão revertidos em obras a partir de 2014. A informação foi dada ontem pelo presidente do Consórcio Intermunicipal e prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), após reunião entre os sete prefeitos para discutir o repasse de verba do governo federal. Ainda não há previsão para conclusão de tais investimentos.

Na área de mobilidade urbana, o recurso prevê quatro corredores de ônibus, que vão consumir R$ 787,8 milhões. Os futuros eixos para transporte coletivo são Guido Aliberti/Lauro Gomes/Taióca (que passará por Santo André, São Bernardo e São Caetano); Alvarenga/Robert Kennedy/Couros (Diadema e São Bernardo); Sudeste (Santo André, São Caetano, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra); e Leste-Oeste (Diadema e São Bernardo). Outros R$ 5 milhões servirão para elaboração de projetos futuros.

Os serviços de infraestrutura em 15 favelas, com previsão de auxílio a 80 mil famílias e custo de R$ 542 milhões, ficarão concentrados em Santo André, São Bernardo, Diadema e Mauá. Serão reurbanizados os núcleos Santa Cristina/Cassaquera e Pintassilgo (Santo André); Sônia Maria, Batistini/Vila do Bosque, Areião e Monte Sião/Vila dos Estudantes (São Bernardo); Marilene/Vila Popular (Diadema); e Chafic/Macuco (Mauá).

De acordo com o Marinho, a verba só deverá ser repassada aos municípios efetivamente no início de 2014. “É muito cedo ainda. São projetos funcionais e é preciso contratar os projetos executivos. Vamos trabalhar para agilizar esse calvário burocrático que temos de passar. Temos de cumprir os requisitos básicos exigidos pela Caixa Econômica Federal (instituição controladora dos investimentos)”, comentou o prefeito.

No entanto, a prática pode ser diferente e o cenário, mais pessimista. Levantamento feito pelo Diário com base em informações do Ministério do Planejamento – divulgado em julho – mostra que obras do PAC engatinham na região. De aproximadamente R$ 6 bilhões em investimentos do programa na região, somente 1,1% dos recursos (R$ 60,9 milhões) havia sido concluído até abril.

ESTADO

O Consórcio ainda solicitou cerca de R$ 8 bilhões ao governo estadual. “Ainda não sabemos quanto o Estado vai disponibilizar. Falei com o secretário Edson Aparecido e vamos acertar a vinda do governador (Geraldo Alckmin, PSDB) à região na semana que vem possivelmente. Com isso, esperamos fechar algum pacote”, avaliou Marinho.

O pedido está voltado principalmente para as áreas da Saúde, Mobilidade e Segurança. “Vamos esperar para evitar especulação. Quando o Estado der o retorno, vamos selecionar os projetos”, disse o prefeito de São Bernardo.

O pacote de investimento prevê obras complexas, como a duplicação da Rodovia Índio Tibiriçá, citada por Marinho como uma das solicitações ao Estado. A via liga São Bernardo a Suzano, passando por Ribeirão Pires e Santo André.

Consórcio retoma Travessia Segura só no ano que vem

O Consórcio Intermunicipal irá retomar apenas no ano que vem a campanha Travessia Segura – de conscientização de motoristas e pedestres para diminuição do número de atropelamentos nas sete cidades.

“Algumas cidades têm trabalhado o programa de maneira individual, como São Bernardo, Santo André, Diadema e Mauá. Nossa proposta de viabilizar o projeto pelo Consórcio não foi possível pela falta de recurso. No ano que vem, garantimos isso, inclusive já está previsto no próximo orçamento”, disse a coordenadora do GT (Grupo de Trabalho) de Mobilidade Urbana da entidade, Andrea Brisida.

A campanha foi lançada em dezembro de 2011, mas não decolou. Inicialmente, foram apresentadas faixas com informações de educação no trânsito em cruzamento e outdoors com a divulgação da ação. Em outubro passado, o Consórcio realizou trabalho com atores e monitores, que orientavam os pedestres por meio de encenações. No entanto, com o passar do tempo, o programa perdeu força. Ao todo, foram investidos aproximadamente R$ 200 mil nas iniciativas.  




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