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Ejaculação precoce

A ejaculação precoce acontece quando o homem chega ao clímax da relação sexual antes, durante ou logo após a penetração

Por Leo Kahn
08/09/2011 | 00:00
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A ejaculação precoce acontece quando o homem chega ao clímax da relação sexual antes, durante ou logo após a penetração, com um mínimo estímulo e sem ter desejado. Ejaculação que ocorre antes de dois minutos de penetração sugere esse diagnóstico; antes de um minuto confirma, desde que o descontrole seja persistente e repetitivo.

O problema é encontrado principalmente em adolescentes e homens jovens e está presente desde as suas primeiras relações sexuais, quando ficam condicionados ao prazer rápido na masturbação. O mal acomete de 10% a 30% dos homens em alguma fase da vida, sendo que aproximadamente um terço dos homens com ejaculação precoce ejaculam antes mesmo da penetração.

A causa é quase sempre a mesma: nível elevado de ansiedade. O sentimento de vergonha e culpa sobre a sexualidade, a iniciação precoce e conturbada da vida sexual do homem em situações de ansiedade (exemplo: situações em que a expectativa de ser flagrado provoca ejaculação precoce devido à pressa) são os principais motivos para que o problema apareça.

Mas também há causas orgânicas, como esclerose múltipla ou outros distúrbios neurológicos degenerativos, espinha bífida, cirurgias pélvicas, prostatite e uretrite. Embora tais casos sejam extremamente raros, essa condição pode ser causada por enfermidade local da uretra posterior ou, como ocorre com a perda súbita do controle urinário, a incontinência ejaculatória secundária pode ser sintomática de patologia ao longo do trajeto do nervo, que serve aos mecanismos do reflexo que controlam o orgasmo.

A investigação clínica deve conter a história clínica do paciente, sua função ejaculatória, sua atividade sexual (frequência, avaliação detalhada de sua parceira, interação sexual etc), perfil psicológico (contexto sóciocultural, histórico da disfunção, relação com situações específicas).

Assim, o médico poderá optar por tratamento individualizado, que atenda melhor ao paciente. A terapia ambulatorial semanal resulta em alto índice de sucesso (de 80% a 90%), em homens com ejaculação precoce. Os terapeutas sexuais apresentaram, com o passar do tempo, suas próprias variações desses métodos. 

SAIBA MAIS

O diagnóstico baseia-se na queixa do paciente ou, muitas vezes, de sua parceira.

O orgasmo e a ejaculação fisiologicamente devem coincidir, mas existem casos em que a ejaculação precede orgasmo e vice-versa.

A posição com a mulher por cima ou a posição lateral permitem um maior controle da ejaculação.

Saber controlar o jato de urina ajuda a fortalecer a musculatura envolvida no ato sexual, mas não resolve o problema, e transar com a bexiga cheia gera apenas desconforto.

Um banho frio antes pode servir como forma de relaxamento, mas não tem efeito direto sobre o problema.

O álcool é depressor do sistema nervoso central, sendo preciso mais estímulo para chegar ao orgasmo, mas uma dose a mais pode comprometer a ereção.

A aplicação de gel anestésico no pênis não tem efeito e o gel pode inibir o prazer da mulher pela anestesia do clitóris.

Anéis penianos vendidos em sex shops não devem ser usados para retardar a ejaculação; esse tipo de recurso é altamente desaconselhado pelos especialistas.

Uso de preservativos para alguns diminui a sensibilidade dando mais chances de segurar os impulsos.

Não existe relação entre diabetes e ejaculação precoce. Após muitos anos de doença sem tratamento adequado, diabéticos podem apresentar comprometimento da enervação peniana, que interfere no mecanismo de ereção.

Terapias comportamentais, que incluem relaxamento muscular, educação sexual, além de técnicas e métodos científicos que dependem da cooperação mútua do casal têm resultado em longo prazo.

Algumas posições da ioga também são úteis. Exercícios de respiração ajudam no relaxamento e no controle emocional, diminuindo os batimentos cardíacos.

A parceira compreensiva e disposta a ajudar é fundamental no sucesso do tratamento. Mulheres competitivas e dominadoras tendem a agravar a situação.

Antidepressivos em baixas doses são muito utilizados para tratar esse tipo de disfunção.

Algumas clínicas usam a ideia falsa de que injeções de substâncias aplicadas diretamente no pênis podem resolver o problema da ejaculação rápida.

Remédio contra disfunção erétil pode ajudar aumentando a autoestima e confiança.

Cirurgia para diminuir a sensibilidade do pênis tem como objetivo reduzir a sensibilidade da glande como forma de controle da ejaculação, mas pode levar a um quadro parcial ou definitivo de falhas de ereção, dependendo da extensão da lesão nervosa.

O especialista que pode ajudar com o problema é o urologista.




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