"O único país do hemisfério que não apóia a democracia boliviana é a Venezuela. E isso porque, quando Chávez teve problemas, a Bolívia lhe deu apoio incondicional, pois era o presidente democraticamente eleito", reclamou. "Não posso dizer mais nada sobre isso. Pode ser que ele esteja muito ocupado ou muito distraído".

Sánchez de Lozada também falou sobre as relações do líder dos plantadores de coca Evo Morales com Chávez e com o dirigente líbio Muammar Kadhafi. Para o presidente boliviano, Morales está tramando um golpe de estado com financiamento internacional.

O presidente contrastou a atitude da Venezuela com a adotada por Cuba, país que enviou seu "apoio formal" à Bolívia, "esperando que as coisas se acertem e que não haja interferências internacionais". Lozada já teria recebido manifestações de apoio de 43 países.

Resposta - O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Roy Chaderton, afirmou nesta sexta que o governo do país foi muito claro ao dizer que apóia uma saída pacífica para a Bolívia.

O venezuelano ressaltou que Chávez defende uma solução nos limites democráticos, mas ressaltou que o governo boliviano deve se comprometer a erradicar a pobreza e buscar justiça social.