Política Titulo Em investigação na polícia
Costa e Silva admite suspeita contra ex-aliados

Ex-candidato ao governo de São Paulo diz que poucas figuras sabiam sobre seu trajeto

Daniel Tossato
21/03/2021 | 00:09
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DGABC


Candidato ao governo do Estado de São Paulo em 2018, Major Costa e Silva (ex-DC, atual PTB) sustentou que poucas pessoas sabiam onde ele estaria e qual caminho faria no dia em que sofreu atentado, em 3 de outubro daquele ano, perto da divisa de Ribeirão Pires, após agenda política em Mauá – ele foi alvo de ataque a bala na ocasião.

Costa e Silva suspeita que pessoas que passaram a conviver com ele durante a disputa e que criaram vínculo podem ter avisado seu trajeto para indivíduos que o queriam fora do pleito. Ao mesmo tempo, afirma que não tem inimigos. “O fato é que poucas pessoas sabiam onde eu estaria (naquele dia). A suspeita é que alguém, intencionalmente ou inadvertidamente, tenha falado para pessoas que tinham interesse em criar alguma celeuma ou me deixar fora da disputa eleitoral”, declarou. Como medida de segurança, o militar acabou se afastando de algumas destas pessoas.

A suspeita de Major Costa e Silva vai ao encontro de investigação da polícia, que desconfia que o ataque ao militar tenha sido realizado por pessoas próximas ao ex-candidato ao governo estadual.

No dia do ataque, quatro homens em duas motocicletas cercaram o carro do candidato e efetuaram série de disparos, segundo testemunhas. Acompanhado de seu motorista, que é capitão do Exército, Hamilton da Silva Munhoz, Costa e Silva revidou e espantou os criminosos. Durante a troca de tiros, Munhoz teve o colete à prova de balas atingido, mas sofreu ferimentos leves. Major perdeu o controle de seu veículo, bateu e capotou, indo parar dentro de um pequeno rio.

“Realmente fui informado que a polícia ainda continua por essa linha de investigação. Investigando essas pessoas relativamente próximas e que acabaram se aproximando por causa da candidatura”, pontuou. Na visão do ex-candidato, campanhas majoritárias acabam atraindo pessoas que têm interesses “escusos” e que querem se “locupletar”. “Algumas pessoas ali, que se aproximaram e que se envolveram, não eram de boa índole. Mas só fomos conhecer algumas delas depois da campanha”, complementou ele.

Dias depois do episódio, Costa e Silva revelou que sofreu ameaças pelas redes sociais, mas que, no início, não deu importância às mensagens e que não pediu que a polícia investigasse os autores.

Na corrida eleitoral, Costa e Silva ficou no quinto lugar na disputa pela cadeira do Palácio dos Bandeirantes, obtendo 747 mil votos. Após o pleito, o ex-candidato desfiliou-se do DC e disputou vaga de vereador da Capital pelo PTB, alcançando a primeira suplência.  




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