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Falta de revisão prejudica saúde
Por Alexandre Calisto
Especial para o Diário
28/09/2011 | 07:01
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Certamente não estamos longe dos paulistanos quando o assunto são horas no trânsito. Segundo a ONG Rede Nossa São Paulo, eles passam em média duas horas e 49 minutos diariamente para deslocar-se de um ponto a outro da cidade. Mas para passar tanto tempo dentro de um veículo são necessários alguns cuidados, a começar pela manutenção. Atenção redobrada para os que usam o veículo como instrumento de trabalho.

Três grandes erros cometidos na hora de sair com o automóvel, e que envolvem a manutenção, são a força execessiva ao pisar na embreagem, a troca de marcha forçando o punho e a falta de alinhamento da direção.

A falta de manutenção envolve questão de segurança e saúde do condutor, que aos poucos sentirá o reflexo desse descaso. Para Dirceu Alves, diretor da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego, "não realizar as manutenções necessárias do veículos faz com que o indivíduo tenha um desgaste maior", aponta. Segundo ele, o trânsito é um fator estressante para o motorista que, se ocorrer juntamente com problemas do veículo, trará desgastes maiores.

De acordo com Antonio Costa, consultor técnico da Oficina Brasil, muitos clientes procuram a oficina para realizar reparos e reclamam de dores no pé, panturrilha e até cãibras. Para ele, esses problemas estão relacionados diretamente com a falta de revisão.

Para quem utiliza o carro diariamente, o cuidado deve ser redobrado. Esforço excessivo e movimentos repetitivos podem ser uma combinação perigosa. Alves explica que "quanto mais tempo o condutor fica exposto aos fatores de risco produzidos pelos veículos, como os ruídos, vibração, variação de temperatura, gases, vapores e poeiras presentes na atmosfera, mais se agrava o quadro de sintomas. Ao longo do tempo, o motorista sofrerá de uma doença degenerativa", mas ele ressalta que as reações variam de acordo com cada motorista.

Aos quem mantêm o carro em dia, as dicas são simples. Cuide do veículo, realize a manutenção necessária, evite grandes esforços e, principalmente, acompanhe a ergonomia dos bancos, faça os ajustes necessários de acordo com a altura do motorista, mas mantenha o corpo sempre próximo ao banco.

 

Poluição sonora também faz mal

Mesmo com muito barulho, problemas que surgem devido à poluição sonora chegam discretamente.

Hipertensão, insônia, surdez, zumbido no ouvido, irritabilidade, ansiedade e até perda na produtividade. Essas são algumas das consequências para motoristas que estão expostos diariamente ao trânsito caótico dos grandes centros urbanos.

A questão é séria e tem ganhado olhares de autoridades. Recentemente, a Câmara Municial de São Paulo colocou em discussão a Lei 853/2007, que tem por objetivo tornar obrigatória a instalação de barreiras de proteção acústica em trechos da cidade cortados por rodovias.

De acordo com o estudo divulgado no início da semana pelo Ieme do Brasil (Instituto Experimental de Modelos e Estruturas) a Via Anchieta apresentou valor médio de 77,2 decibéis. Já na Imigrantes, chegou a 80,4, o que é considerado alto se comparado ao índice recomendável de 50 decibéis.

Segundo Dirceu Alves, diretor de Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego) é necessário rever a legislação para que ela permita aos motoristas utilizarem protetores nos ouvidos, os mesmos utilizados em fábricas, para amenizar a intensidade do sons emitidos.

Sem cuidado, motorista se expõe ao sol

 

Se poucas pessoas usam o protetor solar diariamente para ir às ruas, imagine quem vai apenas utilizar o veículo para ir de um lado para o outro.

Problema à vista. De acordo com estudo realizado por pesquisadores da Saint Louis University School of Medicine, nos Estados Unidos, com mais de 1.000 casos de câncer de pele, as pessoas que passam bastante tempo dirigindo são mais propensas a desenvolver o câncer de pele no lado esquerdo do corpo e rosto, as partes mais expostas à luz solar durante a condução.

A dermologista Cristine Carvalho lembra que o filtro solar não deve ser usado somente na hora de ir à praia. "É recomendável o uso do creme protetor até quando estamos expostos a luz artificial. Ele é feito justamente para nos proteger dos raios de luz, sejam artificiais ou não", esclarece.

Além do filtro, a especialista lembra que o uso da película escurecedora nos veículos também ajuda a filtrar os raios ultravioleta, mas ressalta que só o acessório não adianta e recomenda: "Passe o protetor solar várias vezes ao dia. Se possível, a cada três horas, porque depois de um tempo a pele absorve".




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