Chinesa ou inglesa? Esta é a dúvida que paira no ar desde que a MG Motors começou a virar notícia nas páginas das publicações especializadas em veículos - quando se propôs a bater de frente com as montadoras alemãs, trazendo para o Brasil os modelos MG550 e MG6.
Resposta: Apesar de estar sob o comando do grupo chinês Saic e tendo carros fabricados na unidade de Shangai, na China, a marca afirma ter alma 100% inglesa.
Mas, ao contrário dos brinquedos, telefones celulares e acessórios fabricados em território chinês e vendidos na Rua 25 de Março, aqui, a mercadoria é original e está longe de ser descartável, pois o país asiático está apostando forte no setor e já se consolida em primeiro lugar do mundo em termos de comercialização no acumulado do ano. Segundo os estudos da Jato Dynamics do Brasil, a China vendeu 5.865.159 de veículos no período. Para se ter uma ideia, o Brasil (4º lugar) registrou 1.350.841 emplacamentos.
Deixando os números de lado, hora de testar, na prática, como se comporta o MG6. Chamado de fastback - uma mescla entre hatch, sedã e cupê - o modelo traz na proposta da carroceria seu principal apelo. Talvez essa pinta de esportivo seja o motivo de custar R$ 5.000 a mais que o irmão sedã (R$ 99.789 e R$ 94.789, respectivamente). De resto, ambos são extremamente semelhantes.
Da porta para dentro, o modelo agrada e abusa do tom negro, seja no couro dos bancos ou nos detalhes do painel. É notável a preocupação com o aparato tecnológico. Os assentos têm regulagem elétrica, o ar-condicionado é digital dual-zone e o teto solar é elétrico.
Após os principais ajustes, hora da largada (o cenário escolhido foi o Kartódromo da Granja Viana). Lá, não pudemos abusar do acelerador, e sentir, a fundo, do que o motor 1.8 16V turbo de 170 cv a 5.500 rpm é capaz.
NO ASFALTO
Por outro lado, foi o suficiente para conferir que, mesmo em altas rotações, o carro não escapa de nossas mãos. A combinação entre altas rotações e curvas fechadas é facilmente solucionada pela vasta sopa de letrinhas que trabalha para controlar a estabilidade e a tração do veículo.
O câmbio automático Tiptronic de cinco velocidades tem opção de trocas sequenciais nas borboletas do volante, o que garante mais esportividade entre uma marcha e outra. E foi neste modo que percorremos o trajeto, tudo, para sentir o torque máximo do motor, disponível entre 2.500 rpm e 4.500 rotações. Mas, tudo com muita segurança, pois a pista foi pensada para corridas de kart... Longe de nós querer testar a ação dos seis airbags.
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