O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, reafirmou ontem a empresários mineiros que o Brasil tem condições de ampliar as taxas de investimento para garantir que a economia brasileira possa crescer "de forma segura e sustentável a uma taxa de 5% ao ano".

As estimativas do presidente da instituição são de que, se o Brasil aproveitar as diversas oportunidades, esta taxa poderá ser ampliada para patamar de 21% a 23% do PIB em 2012. "O Brasil investe relativamente pouco, então para que a economia cresça de maneira segura e sustentável, é preciso investir mais", disse.

De acordo com Coutinho, em função da crise financeira internacional, a relação entre a taxa de investimento e o PIB (Produto Interno Bruto) chegou a cair a até 15% ao longo de 2009, mas fechou próxima a 17%, em média, no ano passado.

Para este ano, as expectativas do banco são de que o País "recupere o tempo perdido. A nossa preocupação e a do governo é de que o investimento suba ainda mais e que o esforço brasileiro de investimento e poupança seja mais alto", afirmou.

APORTES - A ampliação, conforme Coutinho, deverá ser liderada pelo setor privado. Aos empresários mineiros ele apresentou cinco setores que poderiam receber aportes, de forma a aumentar a eficiência da economia brasileira.

Entre estes estão a cadeia de petróleo e gás; o de energia incluindo segmentos como cogeração, PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) e eólica, logística e construção civil.

No caso das aplicações de recursos em infraestrutura, a tarefa do governo será estruturar mecanismos que permitam que a iniciativa privada contribua para a elevação dos investimentos.