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Uma ode à solidariedade
Por Kelly Zucatelli
Do Diário do Grande ABC
17/02/2008 | 07:00
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Romances inacabados, sofrimentos compartilhados decorrentes da ditadura militar e mudanças político-econômicas que interferiram na vida da sociedade. Estes serão alguns dos aspectos que o telespectador acompanhará a partir desta segunda-feira, quando estréia na Globo a minissérie Queridos Amigos, após o BBB8. Na semana seguinte, a produção passará a ser exibida de terça a sexta-feira, depois do reality show e, nas quartas, na seqüência do futebol.

A minissérie, que promete climas intimistas e histórias cotidianas que buscam a identificação com o público, foi escrita por Maria Adelaide Amaral. A dramaturga adaptou para a telinha seu próprio livro, Aos Meus Amigos, publicado em 1992.

A trama se passa em 1989, quando Léo (Dan Stulbach, na foto maior), um intelectual bem sucedido mas insatisfeito, descobre que está doente. Ao saber que desenvolveu esclerose múltipla, resolve reunir seus adoráveis amigos da década de 1970.

Uma das preocupações da autora na elaboração dos personagens foi fazer com que o espírito humanista estivesse presente em cada um deles. “A minissérie terá a virtude de não julgar ninguém. Essa era uma característica marcante dos anos 1980”, diz Maria Adelaide.

Preparação - Para fazer o regresso à década de 1980, o elenco de Queridos Amigos passou por um mês de confinamento no final do ano passado. De acordo com a diretora de núcleo, Denise Saraceni, o propósito desse enclausuramento no Rio foi unir os atores para que todos fizessem leituras, participassem de palestras e exercícios corporais. A idéia era mergulhar naquele universo de 1989 e despertar o sentido de amizade, amor e solidariedade. “A nossa preocupação é retratar uma época em que a partir do reecontro de amigos, surja a possibilidade de recriar sonhos”, salienta Denise.

Bruno Garcia, que viverá o falido escritor Pedro Novais, por exemplo, deixou os cabelos e a barba crescer e passou a ler alguns livros para ajudar na desenvoltura de seu personagem. “Como o Pedro fica revoltado depois que perde a família e o prestígio profissional, ele começa a fazer frilas eróticos para um revista. Durante a preparação, tive que ler revistas pornográficas de 1980.”, conta.

Já Denise Fraga vive Bia que, para aprender a lidar com a dor e os traumas dos 21 dias em que foi torturada e violentada no DOI-Codi durante o regime militar, decide estudar astrologia e budismo. Desde outubro passado, a atriz se dedica às aulas de laboratório de astrologia.

Ambiente - Vários cenários do Rio e de São Paulo foram escolhidos para as gravações das cenas externas da minissérie. Na Capital paulista, as filmagens foram realizadas em frente ao Teatro Municipal de São Paulo, na Rua Santa Efigênia e na Catedral da Sé.

No Rio, algumas cenas foram gravadas em uma casa construída pelo arquiteto Oscar Niemeyer em 1954, com jardim de Burle Marx, localizada na região serrana.




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