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Rio Guaió é alvo de estudo da Sabesp

Com crise hídrica, reavaliação da bacia como manancial pode ajudar a avançar lei específica

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
03/06/2014 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Diante da crise hídrica que afeta a Região Metropolitana, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) reavaliou a possibilidade de captação de água de pequenos mananciais – como o Rio Guaió – para abastecimento público. Com isso, avança a proposta de lei específica para a bacia, elaborada no início do mês passado pelos municípios de Mauá, Ribeirão Pires, Ferraz de Vasconcelos, Suzano e Poá, cortados pelo curso d’água.

De acordo com a companhia, a revisão do Plano Diretor de Abastecimento de Água da Região Metropolitana de São Paulo, concluída em 2004, desconsiderou o Guaió como manancial ao verificar pequeno potencial de vazão e qualidade da água comprometida devido ao impacto causado pelo uso e ocupação de solo da bacia,

Agora, diante do cenário de escassez hídrica e após pedido do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê para reavaliação da decisão, a Sabesp voltou atrás e o Rio Guaió passa a integrar o escopo dos trabalhos da Revisão e Atualização do Plano Diretor de Abastecimento de Água da Região Metropolitana de São Paulo, com início previsto para este primeiro semestre.

Incluindo todos os municípios que fazem parte da bacia, cerca de 900 mil pessoas seriam beneficiadas com a lei específica, sendo que a população estimada das quatro cidades cortadas pelo rio é de 1,5 milhão.

avalia a posição da Sabesp como um grande avanço. “É uma vitória, pois dá mais força para avançarmos na legislação, que trata da atualidade da região e vai cumprir o objetivo de transformar o Guaió em uma reserva para o futuro. Considero que avançamos 70% para conseguirmos a lei.”

Em nota, a Sabesp declarou que “apoia qualquer iniciativa que vise a proteção ambiental, principalmente em áreas de proteção de mananciais”, mas ressalva que “as propostas devem estar inseridas no contexto dos sistemas estaduais de recursos hídricos e de meio ambiente, com ampla discussão nos respectivos comitês de bacia”.  




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