Brickmann Titulo
E o palhaço, quem é?

Dentro de pouco tempo, comemora-se no Brasil o Dia do Palhaço - 10 de dezembro

Carlos Brickmann
30/11/2008 | 00:00
Compartilhar notícia


Dentro de pouco tempo, comemora-se no Brasil o Dia do Palhaço - 10 de dezembro. O patrono da festa é o lendário palhaço Piolim, que morreu em 1973, depois de mais de 60 anos de circo. Esse dia homenageia todo o povo brasileiro.

1 - Edemar Cid Ferreira, do Banco Santos, foi multado pela Comissão de Valores Mobiliários, CVM, em R$ 264,5 milhões. É a maior multa já imposta pela CVM. Até então, a maior multa era a de Daniel Birmann, da Arbi: R$ 243 milhões. Faz quase quatro anos e Birmann ainda não pagou nenhum centavo.

2 - Sete governadores correm o risco de perder o mandato no TSE, Tribunal Superior Eleitoral, por abuso do poder econômico na campanha. São eles Luiz Henrique, PMDB, Santa Catarina; Jackson Lago, PDT, Maranhão; José de Anchieta Jr., PSDB, Roraima; Ivo Cassol, sem partido, Rondônia; Marcelo Deda, PT, Sergipe; Marcelo Miranda, PMDB, Tocantins; e Waldez Góes, PDT, Amapá. Um governador, Cunha Lima, do PSDB da Paraíba, perdeu o mandato por decisão do TSE. Mas não precisa sair do bem-bom: fica até o Supremo examinar seu recurso. Pode até não concluir o mandato, mas vai chegar bem pertinho.

3 - Primeiro, o TSE determinou que Cunha Lima deixasse imediatamente o cargo, para só então recorrer ao Supremo. Em seu lugar assumiria o segundo colocado, o senador José Maranhão, do PMDB paraibano. Mas Maranhão, político escolado, esperou alguns dias antes de renunciar ao mandato no Senado. Fez bem: se tivesse renunciado, deixaria de ser senador e não assumiria o governo.

PETROBRAS, TUDO BEM
Não leve a sério essa história de que a Petrobras vai mal, só porque pegou empréstimos bancários. Uma empresa nunca deve ficar com muito dinheiro em caixa, porque dinheiro em caixa não rende. Faz, então, uma programação de aplicações e resgates, para obter rendimento e ter dinheiro na hora de pagar seus compromissos. Às vezes, por um motivo ou outro (até porque eventualmente esteja recebendo mais nas aplicações do que pagará num empréstimo), utiliza suas linhas de crédito. Isso acontece em qualquer empresa, não apenas na Petrobras. E por que pegar dinheiro em bancos oficiais? A pergunta é outra: e por que não?

A CRISE 1
O Grupo João Lyra, maior produtor de açúcar e álcool do Nordeste, pediu recuperação judicial, aquilo que antigamente se chamava concordata. Tem dívidas de mais de US$ 100 milhões; e acabamos de sair de um período em que a cana era a estrela da agricultura, em que os usineiros eram chamados de heróis pelo presidente Lula. Bastou iniciar-se a crise e o maior grupo nordestino do setor grita por socorro. Se o maior de todos tem problemas, imagine os menores.

A CRISE 2
O governo continua ajudando a indústria automobilística (incluindo na ajuda os carros importados). Mesmo assim, quase metade dos trabalhadores foi colocada em férias. Os fornecedores de autopeças, que não têm ajuda de governo nenhum, estão numa crise muito maior: vários já informaram às montadoras que estão sem dinheiro para comprar matéria-prima. Quando terminarem as férias, haverá problemas no fornecimento de componentes. Estão pedindo ajuda às montadoras. O problema é que as montadoras também lutam para sobreviver.

A CRISE 3
Velhos acordos de fornecimento estão sendo rompidos: multinacionais com problemas nos países de origem preferem forçar as subsidiárias brasileiras a importar, em vez de comprar as peças aqui. Exemplo: uma metalúrgica paulista, com acordo de fornecimento de peças até o fim de 2009 (peças específicas, desenhadas conforme as ordens da montadora multinacional), foi informada agora, em novembro, de que as compras terminam em dezembro. E funcionários, matéria-prima, componentes estocados, os compromissos? Soletre: s-e v-i-r-e-m.

O ESTADO AFOGADO
A chuva em Santa Catarina é uma barbaridade. Mas não é inesperada. E muita coisa poderia ter sido feita para prevenir tantas tragédias. Uma grande têxtil chegou a construir um muro-dique com comportas, na certeza de que o governo não cuidaria das enchentes. Tinha toda a razão. Em Santa Catarina, choveu tanto que seria impossível evitar alguma destruição. Mas não precisava ser tanta.

NOVO SUPLICY
A economia pode estar cheia de problemas, mas a política continua divertida. O deputado federal tucano Emanuel Fernandes, ex-prefeito de São José dos Campos, aproveitou uma reunião para cantar. Nada de Bob Dylan, que isso é coisa para Suplicy: preferiu música nacional, Bola Dividida, de Luiz Ayrão. Conta a história de uma moça que queria porque queria cornear o namorado.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;