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Policial é ferida por bala durante briga em blitz
Rodrigo Cipriano
Do Diário do Grande ABC
30/07/2006 | 04:24
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Uma policial militar foi atingida por bala em confusão ocorrida no Jardim Ana Maria, periferia de Santo André, durante blitz anteontem. C.B.C.S., 31 anos, participava de um bloqueio no cruzamento da rua Oratório com a avenida Nestor de Barros, quando um homem que havia sido parado durante a operação tentou sacar a arma de um PM. Segundo a versão da polícia, os dois caíram no chão e, na confusão, o operador de máquinas W.D., 36 anos, conseguiu apertar duas vezes o gatilho do revolver calibre 38 que estava preso no coldre do policial. Um dos disparos atingiu em cheio o braço de C., a policial feminina.

A vítima pertence à 3ª Companhia do 10º Batalhão da Polícia Militar. Ela foi levada às pressas por uma viatura que participava do bloqueio para o Hospital Bartira, a poucos quilômetros dali. Segundo boletim médico repassado pela unidade à polícia, seu estado de saúde era estável e ela não corria risco de morte.

Descontrole – O operador de máquinas D. tentou fugir depois dos disparos, mas acabou preso em seguida pelos policiais. O motivo de seu descontrole teria sido uma ordem de apreensão de seu carro, um Chevette branco ano 83 que estava com a documentação irregular.

Ao receber a notícia de que seu carro seria guinchado, o operador de máquinas ficou repentinamente desesperado. Pediu para que a mulher e o filho pequeno que o acompanhavam saíssem do carro porque ele iria se suicidar. O casal começou a brigar e o PM R.S., 26 anos, se aproximou para acalmar os ânimos. O plano não deu certo e a situação piorou ainda mais. Ao ver o revólver junto da cintura do policial, D. tentou tomar a arma para si. Os PMs só perceberam que a policial havia sido atingida após a confusão estar controlada.

Segundo a mulher do operador de máquinas, D. tem problemas psiquiátricos. Após prestar depoimento na delegacia, ele seguiu para o CHM (Centro Hospitalar Municipal) de Santo André, onde ficou internado por determinação médica. Em depoimento informal à polícia, ele afirmou que não tinha intenção de balear a policial feminina, mas sim tomar a arma do policial para tentar o suicídio.

Na delegacia, o caso foi registrado como lesão corporal. A policial baleada tem seis meses para oferecer denúncia contra o operador, ou então, o caso será arquivado. Se D. for condenado (sem que sejam levados em conta os supostos distúrbios psiquiátricos), está sujeito à pena que vai de dois meses a um ano de prisão.



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