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Andreense acusa Detran de ter perdido o documento de transferência do seu carro

Metalúrgico espera desde outubro para ter o automóvel quitado em seu nome

Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
16/02/2022 | 00:01
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Arquivo pessoal


O metalúrgico Rafael Luiz Campos, 38 anos, acusa o posto do Detran-SP (Departamento de Trânsito de São Paulo) localizado no Poupatempo de Santo André, de ter perdido o documento de transferência do seu automóvel. O carro, comprado em 2016, foi quitado no ano passado e o proprietário tenta transferir a titularidade do banco financiador para o seu nome. Campos aguarda desde outubro de 2021 que a unidade realize a transferência do seu veículo. 

O morador de Santo André conta que foi até o posto do Detran localizado no Poupatempo da cidade em 25 de outubro e o documento que deveria estar pronto em 11 de novembro ainda não foi entregue. O andreense relatou que foi orientado a aguardar o prazo citado, 11 de novembro, para imprimir o documento de transferência com os dados atualizados. Aguardou por várias semanas e teve que voltar outras duas vezes ao Poupatempo para tentar solucionar o impasse.

Campos afirma que em 4 de fevereiro esteve no local relatando o problema e que nenhuma das pessoas que o atendeu soube dizer qual funcionário havia feito o primeiro atendimento. Segundo o relato, uma funcionária começou a abrir várias caixas procurando o processo e o documento de transferência, mas nada foi encontrado.

Dia 11 de fevereiro o metalúrgico voltou ao local e uma funcionária se comprometeu a entregar o documento no dia seguinte até o meio-dia. Mais uma vez, o papel não foi localizado. Campos relata que tem um filho de 8 anos, Gabriel, que é autista, e que por isso o veículo é utilizado diariamente pela esposa, Cibele Gallinucci, 37, para leva-lo às terapias e consultas. “Sem esse documento não posso vender o carro, não posso licenciar. É um absurdo que eles não se responsabilizem por essa situação”, reclama.

Questionada, a assessoria de imprensa do Detran-SP informou que consta em aberto uma infração aplicada em maio de 2020 pela prefeitura de São Paulo ao veículo, o que impede a conclusão do processo de transferência. Segundo a nota, para que o automóvel seja registrado em nome do atual proprietário é necessário que o cidadão pague a multa e aguarde a baixa da cobrança no sistema, que é realizada pelo órgão que aplicou a infração (prefeitura). Ainda de acordo com o comunicado, assim que a cobrança da multa sair do sistema, o documento será emitido.

Campos contesta a alegação de que o veículo tem uma multa, uma vez que o licenciamento de 2021 já foi realizado e a suposta infração não consta no site do próprio Detran. Também questiona porque essa informação não foi passada antes, já que ele aguarda há quase quatro meses pela emissão do documento. O órgão também não se pronunciou sobre a acusação de ter perdido o documento. Os questionamentos do munícipe foram repassados ao Detran-SP, mas não foram respondidos até o fechamento desta edição. 




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