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GM usa a experiência brasileira para sair da crise
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10/02/2008 | 07:17
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No bunker da companhia, em um suntuoso prédio na esvaziada cidade industrial de Detroit, nos EUA, Ray Young – ex-presidente da General Motors do Brasil – tem passado os dias debruçado sobre os números que vão revelar a atual situação da montadora norte-americana.

O balanço financeiro será divulgado na terça-feira e mostrará uma empresa ainda ferida por elevados prejuízos, mas em reabilitação após rigoroso programa de reestruturação.

Mais do que o resultado de 2007, o chinês/canadense Young, empossado em novembro como vice-presidente de finanças global da ainda maior montadora do mundo em vendas, tem o desafio de preparar o plano de negócios para o período 2008/2012. Ele assumiu o cargo após presidir a filial brasileira por quatro anos.

Ciente das dificuldades da marca nos EUA, aprofundadas pela ameaça de recessão no país, o foco da GM é continuar crescendo fora de casa. Hoje, só 41% dos carros da marca são vendidos na América do Norte.

“Temos planos agressivos para investimentos nos países emergentes, incluindo o Brasil. Ao mesmo tempo, precisamos continuar a reduzir nosso custo estrutural, principalmente na América do Norte, para níveis mais competitivos”, diz.

No programa destinado ao Brasil, Young terá de decidir sobre um aporte extra de US$ 500 milhões, que ele mesmo havia solicitado à matriz em sua gestão à frente da filial.

Young é o segundo executivo mais importante na hierarquia do grupo na área financeira. O primeiro é Fritz Henderson, que presidiu a filial brasileira de 1997 a 2000. Acima deles está o presidente mundial Rick Wagoner, que dirigiu a GM do Brasil entre 1991 e 1992. Nos anos 1980, ele já havia trabalhado no País como tesoureiro e vice-presidente de finanças.

Os três garantem que a experiência no País tem ajudado a lidar com a crise na matriz. Em 2005 e 2006, a empresa teve um prejuízo acumulado de US$ 12,6 bilhões. Entre janeiro e setembro de 2007, as perdas chegavam a US$ 38 bilhões, mas o valor inclui uma grande baixa contábil assumida no terceiro trimestre. Segundo a GM, sem esse item o resultado é melhor que nos dois anos anteriores.



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