Economia Titulo Reflexo das enchentes
Craisa estima ter normalização dos serviços somente na próxima semana

Companhia andreense voltou a registrar alto fluxo com impasse na Ceagesp

Tauana Marin
Do dgabc.com.br
13/02/2020 | 00:01
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EBC


O movimento nas dependências da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) na madrugada de ontem se manteve alto, uma vez que a Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) permaneceu fechada até a tarde de ontem por causa da enchente no início da semana, que impossibilitou seu funcionamento. A normalização só deve acontecer na semana que vem.

O volume do fluxo de feirantes e donos de estabelecimentos do ramo gastronômico, em especial, registrou alta de 40% na comparação com dias normais. Assim como o público, o preço dos produtos se mantém elevado e a situação só tende a melhorar e normalizar por completo na segunda-feira.

“Hoje (ontem), a Ceagesp reabriu às 14h e, com isso, a previsão é a de que o movimento seja menor nesta madrugada (de hoje) na Craisa, uma vez que muitos migraram suas compras de São Paulo para Santo André”, explica Reinaldo Messias, superintendente da companhia andreense.

Segundo Messias, os valores dos produtos só devem baixar a partir de hoje e se estabilizarem amanhã. O dirigente aponta que a situação climática nos próximos dias vai dizer muito sobre a variação de preço dos alimentos. “Tenho acompanhando o clima nas regiões produtoras. Nas áreas de plantação no Norte e Nordeste o período das chuvas não tem sido problema. Esses produtores nos abastecem com muitas frutas. Com esses itens não nos preocupamos. O mesmo vale para a maioria dos legumes.”

O superintendente, entretanto, mostrou preocupação com as hortaliças. “Quanto aos itens da salada, caso o nível de chuvas permaneça alto em São Paulo, em específico no chamado cinturão verde (área de grande produção de verduras), a dica para o consumidor é pesquisar os preços ou trocar os produtos, como, por exemplo, a alface mimosa pela americana”, recomenda. O cinturão verde engloba cidades de Mogi das Cruzes, Suzano, na Grande São Paulo, e Ibiúna, no Interior.

A explicação é simples: tudo que estraga mais facilmente e falta na hora da comercialização acaba tendo aumento de preço. Nesses dias, a caixa de 18 quilos de tomate passou de R$ 60 para R$ 100. A de alface, de R$ 35 para R$ 40.

SÃO PAULO
De acordo com a Ceagesp, foi aberta ontem à tarde a entrada de caminhões para carga e descarga de frutas, legumes e verduras. “A feira de pescados, que acontece das 2h às 6h, e de flores, que funciona a partir das 2h no portão 7, ocorrerão normalmente. A partir da quinta-feira (hoje), a previsão é ficar com entrada aberta 24 horas, até que o processo de abastecimento de mercadorias se normalize.”

Na segunda-feira, o maior entreposto da América Latina ficou debaixo d’água. Foram 7.000 toneladas de alimento perdidas, com prejuízo na ordem de R$ 24 milhões. 




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