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Dilma Rousseff diz que tucano pretende 'criar tumulto'
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30/08/2010 | 07:32
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A petista Dilma Rousseff (PT) afirmou ontem que as insinuações do adversário dela na corrida presidencial, José Serra (PSDB), de que, caso eleita, seria conivente com movimentos radicais, como o MST, "não honram a biografia dele". "Eu acho que parece que eles não aprendem. Isso eles já fizeram em 2002. Tentaram ao longo do governo do presidente Lula, sistematicamente, criar clima de oposição muito acirrada, enfim, de tumulto."

As declarações de Dilma foram feitas à tarde, antes do início de mais uma sessão de gravação de seus programas eleitorais para a TV. Logo depois, quando Dilma já estava no estúdio, sua assessoria foi informada de novas críticas de Serra, agora de que a petista está sentando na cadeira um mês antes da eleição e que isso "é uma atitude que talvez seja falta de respeito com os eleitores". De acordo com a assessoria de Dilma, ela jamais se sentou na cadeira presidencial e esclarece isso em todas as entrevistas.

A candidata também disse, antes do início das gravações, que Serra tenta "se evadir" do debate de propostas para o Brasil quando diz que a eleição dela seria a "terceirização da Presidência". "Eu acho esse tipo de declaração uma forma de se evadir da questão central. A gente tem que discutir propostas. Eu, de fato, não vou rebaixar o nível da discussão - vou repetir de novo essa expressão - nem amarrada", rebateu a petista.

Diante da pressão de aliados, que insistem em tratar dos cargos do futuro governo tendo em vista a vantagem de Dilma Rousseff nas pesquisas, a candidata afirmou que não trata do assunto. Ao falar sobre propostas para popularização do acesso à internet Banda Larga, a petista não quis comentar quem ocuparia a Presidência da Telebrás porque seria, de acordo com ela, "colocar o carro na frente dos bois".

"Eu não vou discutir governo, como eu disse para vocês. Seria da minha parte uma pretensão", disse Dilma, para completar: "Qualquer discussão de nome da minha parte, e da minha campanha, é factoide. Eu desautorizo todas as especulações sobre quem quer que seja ocupar qualquer cargo que seja. Porque nós não achamos isso politicamente correto, eticamente correto, e é colocar o carro na frente dos bois". Segundo Dilma, nenhum partido político a procurou para falar sobre nomeações. "Até agora, para mim, essa questão só chegou através da imprensa."

A tentativa do ex-ministro José Dirceu, de tentar evitar que o também ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci assuma a Casa Civil no possível governo de Dilma, é, segundo a candidata, "um factoide". "Vou repetir isso mais uma vez: a campanha, a coordenação da campanha está aqui presente, nenhum de nós autoriza isso (discussão de cargos)".




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