Horas antes de a família de Aristide escapar do Haiti, Luigi Leroy, sobrinho de Mildret, foi seqüestrado no país. O garoto, de 14 anos, é neto da ex-ministra Matilde Flambert, que cuidou da pasta de Assuntos Sociais nos anos 90.
Não há confirmação se o crime tem motivação política. Os seqüestradores exigiram UUS$ 600 mil para libertar o garoto.
Tensão - Os distúrbios ocorridos nas última semanas no Haiti já provocaram pelo menos 50 vítimas.
A oposição, que culpa Aristide pela crise econômica e social vivida no país, exige sua renúncia do poder. Muitos dos rebeldes que hoje lutam contra o Exército pela deposição do presidente afirmam que estão usando as armas cedidas pelo próprio Aristide, quando havia aliança com o governo.
Na sexta-feira à noite, o primeiro-ministro do Haiti, Yvon Neptune, concedeu entrevista coletiva para negar as afirmações dos rebeldes. Ele afirmou que os distúrbios recentes são obra de "pessoas incentivadas por traficantes de armas e de drogas que querem controlar o país"
"Isto é uma mentira. Esses bandos armados não têm nada a ver com o presidente Jean Bertrand Aristide, e sim com o tráfico de drogas e o tráfico de armas", defendeu. "Eles têm armas que nem a polícia ou a própria segurança do presidente têm."
Neptune garantiu que o governo "tem o controle do país, no momento". Mas ele reconheceu que a polícia teve de bater em retirada na cidade de Gonaives, controlada por rebeldes, para evitar um "banho de sangue entre a população".
"Defendemos a estabilidade, mas há certas associações políticas que querem derrubar o governo constitucional", discursou.
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