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Candidatos de Sto.André debatem propostas para o funcionalismo
Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
30/08/2008 | 07:07
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A administração petista foi o principal alvo das críticas dos candidatos a prefeito de Santo André no debate promovido na sexta-feira à noite, na Câmara Municipal, pelo Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos de Santo André). As reclamações contra a municipalidade, porém, não tiveram resposta, uma vez que o candidato governista ao Paço, Vanderlei Siraque (PT), não compareceu ao encontro, pautado nas reivindicações da categoria.

Dessa forma, os oposicionistas Aidan Ravin (PTB), Raimundo Salles (DEM), Newton Brandão (PSDB) e Ricardo Alvarez (Psol) tiveram a oportunidade de usar o tempo disponível para apresentar algumas das idéias para a classe e, especialmente, atacar o que consideram uma política de desrespeito ao funcionalismo por parte dos petistas. Em tempo: dos candidatos presentes, apenas Alvarez e Salles não são funcionários públicos.

O ex-petista Ricardo Alvarez foi o prefeiturável que mais demonstrou insatisfação por não poder debater a questão dos servidores com Siraque. Em quase todas as oportunidades que teve, lamentou a ausência do adversário.

Os quatro pleiteantes prometerem apresentar um plano de cargos e carreiras para a classe e manter auxílios atuais. "Fico até envergonhado quando tenho de votar benefício de R$ 30. Não dá nem para considerar benefício. O plano de cargos e salários tem de ser gerenciado para que o servidor seja estimulado a crescer na Prefeitura", comentou Aidan.

Na opinião de Salles, apenas uma "resolução imediata" envolvendo estatutários e celetistas é capaz de minimizar o problema. "Teremos a Escola Superior de Administração Pública, por meio da qual o funcionário de carreira que buscar a qualificação terá um plus nos vencimentos", citou o democrata.

Brandão disse que manterá a política de suas antigas gestões. "Nunca tirei um benefício sequer do servidor, por que o faria agora?", questionou. O tucano ressaltou que fará plano de cargos e salários em conjunto com o funcionalismo.

Alvarez explicou que um eventual governo do Psol não tomará decisões de "cima para baixo". "Não tiraremos nada (benefícios) dos servidores. Haverá processo de valorização da carreira dos funcionários públicos, mas após abrirmos discussão com a categoria."

Os prefeituráveis falaram também sobre a necessidade em promover cortes em cargos em comissão e apresentaram sugestões para saldar as dívidas resultantes de precatórios alimentares. Outro assunto recorrente foi com relação à Caixa de Pensões (atual Instituto de Previdência). Servidores reclamam da falta de estrutura da autarquia, responsável pelo convênio médico da classe.

Explicação - Líder na pesquisa Diário/Ibope, Siraque enviou carta à organização do evento justificando a ausência em função de entrevista ao vivo na Rede TV+, marcada em julho.

Apesar da flexibilidade dos organizadores e candidatos, os quais concordaram com o fato de o petista entrar no debate após deixar o compromisso, a coordenação de campanha de Siraque avaliou que tal situação seria "prejudicial à dinâmica do evento".

Em nota enviada ao Diário, a assessoria afirmou que o governista marcará encontro com a categoria para apresentar o programa de governo.




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