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Meirelles diz que crédito pode crescer ainda mais
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11/11/2007 | 07:08
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Mesmo com a expansão significativa do crédito nos últimos anos no País, há espaço para mais crescimento. A afirmação é do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

Segundo ele, a relação de 31% do crédito com o PIB (Produto Interno Bruto) é inferior à encontrada em outros países emergentes. “Ainda há espaço para expansão do crédito no Brasil", afirmou.

Meirelles fez palestra durante seminário sobre Perspectivas Econômicas Regionais, organizado pelo Ministério da Fazenda e pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), com o apoio da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

OTIMISMO - O ponto positivo ressaltado por Meirelles em relação ao estudo do FMI sobre o Brasil diz respeito aos avanços realizados recentemente na direção da diminuição da pobreza extrema. “Tivemos queda de sete pontos percentuais desde 2002, e isso se deve ao aumento do salário mínimo e ao programa Bolsa Família, entre outros.”

Ele também ressaltou que o mercado de capitais está avançando de maneira muito adequada e que isso propicia acesso a recursos de maiores prazos, principalmente às grandes empresas.

Quanto à crise das hipotecas nos EUA, o presidente do BC comparou a evolução da Selic e das taxas interbancárias no Brasil com a das taxas dos mercados americano e europeu.

Segundo ele, houve grande volatilidade em todas as regiões, mas nos EUA e na Europa as taxas superaram as metas, enquanto no Brasil não houve descolamento com a meta fixada pelo BC.

Meirelles ressaltou também que a melhora apresentada pela dívida líquida em relação ao PIB, o acúmulo de reservas internacionais e a inflação constantemente dentro da meta vêm refletindo positivamente no custo de capital para o governo e empresas privadas.

AMÉRICA LATINA - De acordo com Meirelles, não há dúvidas de que este é um momento importante para discutir e aprofundar um estudo sobre a América Latina e o Caribe.

Ele ressaltou, no entanto, que se trata de um trabalho muito difícil, porque a região apresenta experiências específicas e, em alguns casos, complexas e diferenciadas.

“Não é simples detectar tendências, mas existe um processo de convergência na região da consolidação macroeconômica”, avaliou.

“É um desafio tirar conclusões mais gerais sobre a América Latina e Caribe.”




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