A grande quantidade de interessados à sucessão municipal em Santo André no próximo ano tem colocado em xeque a legitimidade destas possíveis candidaturas em 2008.

Os próprios políticos reconhecem haver um exagero no número de pessoas dispostas a governar a cidade. São 21 nomes ventilados atualmente.

Na bancada de oposição, a propagada união de forças para tirar o PT do poder não vai bem. São 14 pessoas disputando o mesmo espaço.

Alguns políticos admitem que o objetivo neste momento – a pouco mais de um ano antes do início das campanhas eleitorais – é fortalecer o poder de barganha nas negociações futuras.

Na opinião do prefeito João Avamileno (PT), um dos fatores determinantes para as legendas demonstrarem tamanha motivação é o fato de não haver reeleição. “É menos difícil tirar um governo das mãos de um partido quando há apenas a disputa pela sucessão”, avalia.

Avamileno reconhece que muitos dos nomes lançados servem apenas para que as legendas tenham força para negociar futuras composições de chapa. “É normal”, ressalta.

Cenário - Levando-se em consideração os partidos da base aliada (PMDB, PSB, PV e PCdoB), apenas os verdes demonstram disposição em se rebelar e ter candidatura própria.

Mas o empresário Ajan Marques, um dos pré-candidatos, afirma que seus dois adversários internos – o vereador Donizeti Pereira e o coordenador de Ação Regional da Prefeitura, José Batista Gusmão – não têm real intenção de disputar a sucessão. “Querem apenas ganhar tempo para se vender novamente ao PT.” Ambos desmentem a suposta manobra.