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Computador de mão faz 10 anos
Por Bárbara Ladeia
Especial para o Diário
05/04/2006 | 08:31
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O computador de mão completa neste mês dez anos de existência e quem ganha o presente são os usuários. Desde abril de 1996, o Pilot da empresa Palm, aparelho que executava poucas funções de agenda e bloco de notas, evoluiu e ganhou novas ferramentas e outros concorrentes. Hoje, os computadores de mão estão além de uma simples agenda eletrônica e oferecem diversos serviços como GPS (sigla em inglês para Sistema de Posicionamento Global), sistema de mídia player, conexão na internet e várias opções de entretenimento.

A tendência de convergência de tecnologias tem guiado os fabricantes dos chamados handhelds nos últimos anos. Um exemplo disso é a Palm, que além de ser pioneira na produção de computadores de mão, acredita que o segmento possui grandes possibilidades de crescimento. “É um mercado novo que tem apresentado um forte potencial”, afirma Alexandre Szapiro, vice-presidente da Palm para o Cone Sul e Chile.

Entre os últimos lançamentos da empresa está o smart phone Treo 650 (R$ 2 mil, preço médio), que além de armazenar dados, possui função de telefone, permite a conexão à internet, tira fotos e reproduz arquivos em MP3. “O produto evoluiu muito, ficou extremamente completo. Com isso, as vendas estão além das nossas expectativas”, conta Szapiro.

O mercado para esse tipo de produto é muito amplo. No entanto, ainda se restringem às classes mais altas que podem desembolsar uma boa quantia na hora de investir no handheld. No entanto, a própria Palm pretende mudar esse quadro ainda em 2006. “Nossa proposta para este ano é popularizar a utilização deste produto”, afirma o vice-presidente.

A Dell, fabricante de computadores, também apresentou novos conceitos no ano de aniversário do computador de mão, o Axim X51v (R$ 1.999). A aposta recai em aparelhos com maior potencial em elementos de entretenimento, o que melhora a reprodução de jogos e filmes, além da conexão com a internet. “Agora temos tela VGA, de 3,7 polegadas e o acelerador gráfico que oferece qualidade de imagem quatro vezes superior à convencional”, explica Carla Wagner, gerente de produto.

Plataformas – Atualmente, dois sistemas operacionais dominam o mercado. Embora existam outros programas, com participação importante no exterior, no Brasil as plataformas da Microsoft e da Palm respondem por mais de 80% deste nicho, segundo Luciano Krob Meneghetti, professor do curso de Engenharia da Computação da Umesp (Universidade Metodista de São Paulo).

O principal ponto a ser observado é sobre o tipo de atividade que será desenvolvida com o aparelho. Por funcionar em sistemas operacionais diferentes, o portador de aparelhos da Palm não consegue transferir arquivos com facilidade para o computador fixo que, em geral, funciona com sistemas da Microsoft.

Por outro lado, para os produtos da marca Palm existem uma infinidade de softwares que são gratuitos e podem ser baixados pela internet. “A Palm tem um preceito de coletividade na distribuição gratuita dos seus aplicativos”, explica o professor Meneghetti.

Mas quem preferir o sistema Microsoft não contará com tantas opções em freewares. “É quase um pecado o cliente não ser informado de que existe essa incompatibilidade. Se por um lado eu tenho muito mais opção em softwares com a Palm, eu perco na sincronização com o meu desktop.” (Supervisão de Adriana Mompean)




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